quinta-feira, 28 de maio de 2015

PREJUÍZOS DA PRIVATARIA TUCANA E DA FALTA DE REGULAÇÃO



Amigas e amigos, estou com um problema no “Viver é muito perigoso”. Não consigo botá-lo no ar há semanas. O serviço que nos presta a Hotlink, ao menos aqui onde moro, é péssimo, com muitas interrupções e lentidão de tartaruga. Tudo devido à famosa “privataria tucana” (leiam o livro) e ao descaso das agências reguladoras. Estou tentando uma solução e também aguardando a volta das férias de meu filho Paulo, grande sabedor dos mistérios da informática e da web. A última notícia que tive dele é que se encontrava perdido no deserto de Atacama. Com ele também vou examinar proposta para me enquadrar nos modelitos do Google. Talvez assim até consiga que Obama curta minhas postagens. Ele deve ter um tradutor de português. Além disso, ficará mais agradável visualmente pra vocês.
No último dia 15, comemorou-se o centenário de nascimento de Pelópidas Silveira, reconhecido como o melhor prefeito do Recife. Na época de grandes avanços sociais que precedeu os 21 anos de trevas da ocupação do nosso país por seu próprio Exército (por delegação dos Estados Unidos e da turma da Casa Grande), ele foi responsável pelo primeiro plano diretor no Brasil e fez obras até hoje admiráveis.
Aproveito para registrar aqui que o meu amigo Arthur Carvalho tem unanimidade para ser eleito imortal da Academia Pernambucana de Letras. Excelente advogado e cronista, ele foi meu companheiro de trabalho na equipe de Paulo Freire, desmanchada pelo golpe de 1964. E eu peguei carona num habeas corpus que ele obteve no Superior Tribunal Militar. Mesmo sendo militar, o tribunal julgou que o IPM da Universidade do Recife (hoje UFPE) tinha sido tão malfeito, tão fajuto, que não merecia consideração. Escapamos de novas punições; mas, àquela altura, já havíamos sido expelidos da universidade pelo AI-1, irrecorrível como qualquer ato da tão sábia ditadura.
PS – O ínclito Fernando 2º (FHC) vociferou que “nunca se roubou tanto neste país”. Esqueceu um detalhe: na época do desgoverno dele, inclusive no segundo mandato comprovadamente comprado, Sua Excelência tinha um procurador geral da República, Geraldo Brindeiro, que era conhecido como “engavetador geral da República”. E a privataria? E a tentativa de entregar a Petrobras aos gringos. Não conseguiram privatizá-la, mas afundaram uma plataforma que fazia prospecção, algo quase fictício na história da indústria petrolífera.