Minha gente, não fiz novas postagens de
comentários nas últimas semanas porque era Carnaval, ressaca, essas coisas. Em
lugar disso postei dois capítulos de minha autobiografia tão “precoce” – Viver é
muito perigoso. Mas esqueci de avisar a Vossências e muita gente reclamou da minha
ausência. É a minha falta de habilidade com a eletrônica em geral e com a internet.
Estou prosseguindo na conversa com vocês nesta terça-feira, 18 de março (amanhã
é dia de plantar milho), porque ontem meu provedor da internet estava de
recesso. O que acontece frequentemente devido à famosa Privataria Tucana (leiam
o livro), que torrou o patrimônio público nacional construído pelo povo brasileiro
a duras penas em troca de alguns míseros mirréis, ainda mais financiados por
bancos nacionais públicos. Nunca se viu tamanho assalto. O ínclito xogum
Fernando 2º (o Cardoso) criou agências reguladoras que nada regulam a não ser o
constante e abusivo aumento de tarifas. Lula e Dilma deixaram tudo como está
para ver como fica.
É claro que alguma coisa deveria ser privada.
Tinha até editora, como a José Olympio, como empresa pública. Mas as
privatizações deveriam ter seguido o modelo Margareth Thatcher, grande modelo dos
Fernandos (1º, Collor, e 2º), de Menem, de Fujimori e de outros pilantras
eméritos. Ações de algumas empresas públicas britânicas foram pulverizadas e
negociadas na Bolsa, em vez da grossa esculhambação praticada por Fernando 2º,
Serjão et caterva. Até hoje, aqui em Aldeia, podem-se ver as ruínas de um
centro de pesquisas da Telebras, que, juntamente com outro localizado em São
Paulo, teria o objetivo de fazer pesquisas e planejamento para o desenvolvimento
do sistema nacional de telecomunicações. Acontece que o bondoso Tio Sam
decretou o desmonte de toda a nossa infraestrutura desenvolvimentista, e quem é
que pode resistir? Agora mesmo, o presidente russo (Ras)Pútin está aí morrendo
de medo (rá, rá,rá) das ameaças de Obama devido à volta da Crimeia ao seio da
Rússia (sempre foi russa até mais ou menos 1954, quando o premiê soviético
Nikita Krustchev decidiu, não me lembro por quê, anexá-la à Ucrânia; de todo
modo, era tudo URSS).
Eis que afundo em tergiversações, como diria
meu colega José Teles. O que eu havia programado mesmo era escrever sobre a
bagunça criminosa em que, há já mais de seis meses, se transformaram
manifestações legais e, muitas vezes, justas contra a tradicional roubalheira
na construção de obras públicas (estádios para a Copa do Mundo, por exemplo,
entre outras). O que aconteceu na Ceagesp, em São Paulo, é incrível e absolutamente
inaceitável. A polícia chegou bem depois da quase destruição do entreposto,
jogou umas bombinhas de gás e foi tomar um cafezinho. A quem interessa?
Eu vejo como segue. O governo de Dilma não é nenhum
deslumbramento, mas, bem ou mal, prossegue com as políticas sociais criadas por
Lula. Ao socialismo só poderemos aspirar mais tarde (claro que não falo do
social-coronelismo). E a oposição? Como diz Mino Carta, a única oposição que
temos é o que ele chama de “imprensa nativa”, um monte de jornalões que dizem
defender a liberdade de expressão, mas só noticiam o que os donos permitem,
sonegam tudo o que não lhes interessa e mistificam amplamente manipulando os
acontecimentos, os fatos. Que liberdade de expressão é essa? Os partidos que se
dizem oposicionistas, como PSDB, PSB e outros, não têm programa; seu único
programa é “delenda Dilma”. Isso não é um programa político com propostas positivas
e, muito menos, capaz de arrebatar multidões, dentro das quais estão os
beneficiários, do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida etc. À falta de reais
programas, só pode interessar a tais partidos borrar a Copa e amedrontar o país
com tanta destruição pura e simples do patrimônio público e privado. Estarei
enganado? Se sim, me digam.
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