Gente, deem uma olhada aí à esquerda. Tem
mais um capítulo de “Viver é muito perigoso”. Brevemente, acionarei alguma
coisa à direita (trabalhos variados).
Atenção: minha amiga e comadre Eliane Neves
Baptista e sua colega também psicanalista Rosane da Fonte estão lançando hoje
às 19h30 seu muito aguardado livro Um
ponto de partida ... A interpretação analítica. É n’O Pátio (Av. Rui
Barbosa 141, Graças - Entroncamento).
Gente, qual seria a razão, o motivo, para
funcionar tão mal a nossa administração? Indubitavelmente, no início de tudo
está a incapacidade de nossa estranha liderança para distinguir política,
sobretudo a política partidária mais rasteira, de administração. O cara é
escolhido para um cargo não porque entende da coisa. Mas porque é de tal
partido e ligado à assim dita situação. Tudo não estaria perdido se ele tivesse
a sabedoria de escolher assessores que entendessem daquilo que ele vai
administrar. Ledo engano: o segundo, terceiro etc. escalões também são
escolhidos pelo critério partidário e de apadrinhamento.
Os tais de BRTs vão devagar chegando ao que foi
prometido, embora ainda estejamos longe. Mas nem seus corredores reservados nem
outros corredores que deveriam ser privativos de ônibus são respeitados. E nada
se faz para que sejam respeitados, embora haja instrumentos disponíveis para
isso, como os tais de pardais. Se o apressadinho mal educado for atacado no
bolso, logo passará a se comportar como se cidadão fosse.
Outra esculhambação com que se é obrigado a
contar é o esburacamento de ruas praticado tradicionalmente pela Compesa. Não
adianta asfaltar, fazer reparos. Essa tão incompetente empresa pública vai lá,
faz buracos, não conserta nem repõe nada e deixa tudo degradado. E esse pessoal
vive viajando a países mais organizados e não aprende nada.
Ainda. O cabra sai de casa, animado pra ver
um filme, ir ao teatro, ver nas livrarias livros que não tem dinheiro para comprar
(mas se consola com uma olhadinha). Logo ali adiante o trânsito trava. Os de
levar vantagem pioram tudo ziguezagueando de uma faixa pra outra. A paisagem é
desolada: ruínas, lixo por todo canto, prédios sem calçada e sem pintura etc.
Quando chega, tem que preparar o bolso para pagar muito além do razoável um por
estacionamento. Vai tomar um café e se depara com o café mais caro do mundo (na
terra do café). E paga por um garrafa de água quase o preço de um botijão.
Gente, só com muita abstração e vontade de
viver pode-se vadiar um pouquinho. Como dizia Riobaldo Tatarana, viver é muito
perigoso mesmo. É um descuido prosseguido.
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