segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A ADMINISTRAÇÃO NÃO SE LIBERTA DA POLITICAGEM



Gente, deem uma olhada aí à esquerda. Tem mais um capítulo de “Viver é muito perigoso”. Brevemente, acionarei alguma coisa à direita (trabalhos variados).
Atenção: minha amiga e comadre Eliane Neves Baptista e sua colega também psicanalista Rosane da Fonte estão lançando hoje às 19h30 seu muito aguardado livro Um ponto de partida ... A interpretação analítica. É n’O Pátio (Av. Rui Barbosa 141, Graças - Entroncamento).
Gente, qual seria a razão, o motivo, para funcionar tão mal a nossa administração? Indubitavelmente, no início de tudo está a incapacidade de nossa estranha liderança para distinguir política, sobretudo a política partidária mais rasteira, de administração. O cara é escolhido para um cargo não porque entende da coisa. Mas porque é de tal partido e ligado à assim dita situação. Tudo não estaria perdido se ele tivesse a sabedoria de escolher assessores que entendessem daquilo que ele vai administrar. Ledo engano: o segundo, terceiro etc. escalões também são escolhidos pelo critério partidário e de apadrinhamento.
Os tais de BRTs vão devagar chegando ao que foi prometido, embora ainda estejamos longe. Mas nem seus corredores reservados nem outros corredores que deveriam ser privativos de ônibus são respeitados. E nada se faz para que sejam respeitados, embora haja instrumentos disponíveis para isso, como os tais de pardais. Se o apressadinho mal educado for atacado no bolso, logo passará a se comportar como se cidadão fosse.
Outra esculhambação com que se é obrigado a contar é o esburacamento de ruas praticado tradicionalmente pela Compesa. Não adianta asfaltar, fazer reparos. Essa tão incompetente empresa pública vai lá, faz buracos, não conserta nem repõe nada e deixa tudo degradado. E esse pessoal vive viajando a países mais organizados e não aprende nada.
Ainda. O cabra sai de casa, animado pra ver um filme, ir ao teatro, ver nas livrarias livros que não tem dinheiro para comprar (mas se consola com uma olhadinha). Logo ali adiante o trânsito trava. Os de levar vantagem pioram tudo ziguezagueando de uma faixa pra outra. A paisagem é desolada: ruínas, lixo por todo canto, prédios sem calçada e sem pintura etc. Quando chega, tem que preparar o bolso para pagar muito além do razoável um por estacionamento. Vai tomar um café e se depara com o café mais caro do mundo (na terra do café). E paga por um garrafa de água quase o preço de um botijão.
Gente, só com muita abstração e vontade de viver pode-se vadiar um pouquinho. Como dizia Riobaldo Tatarana, viver é muito perigoso mesmo. É um descuido prosseguido.

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