terça-feira, 23 de setembro de 2014

LANÇAMENTOS DE LIVROS



Em minha penúltima postagem, falei sobre um grande lançamento na Academia Pernambucana de Letras, no dia 11 deste mês, mas não tinha em mãos todos os títulos lançados. Hoje completo. Além dos já referidos lançamentos do prof. Geraldo Pereira (Textos esparsos, crônicas dispersas) e do jornalista José Teles (Por falar em ornitorrinco – Crônicas curtas e grossas), também foram autografados Geometria de uma vida, do sociólogo, ensaísta, ficcionista e também meu colega jornalista Abdias Moura; O trapézio dos dias, de Ângelo Monteiro; Imilce, de Lucila Nogueira; Uma noite no sol, de Fátima Quintas; Liberdade de pássaro, de Lourdes Sarmento; Terceira dezena de poemas, de Dirceu Rabelo; A flauta de vidro, de Alvacir Raposo; uma tradução de poemas de Rubaiyat, por Milron Lins; As águas correm para a eternidade, de Admaldo Matos; Fulana despedaçou o verso, de Diógenes Moura; e Trança – Segundo fio, de Flávia Suassuna.
Aviso a minhas amigas leitoras e amigos leitores que deem uma olhada aí à esquerda. Tem mais um capítulo sobre meus anos de estudo na Europa, em “Viver é muito perigoso”.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

DONA LEOPOLDINA VIROU TREM



Parece que urubu está voando de costas, como dizia o Stanislaw Ponte Preta quando a conjuntura estava muito ruim. Tem até a marcha-enredo inventada por ele, na qual o compositor da escola de samba recebera como mote “a atual conjuntura” (estávamos na ditadura) e endoidou. Saiu aquela história de que a princesa Leopoldina viajou pra Minas e quase foi obrigada a casar com Tiradentes. Aparece o vigário dos índios (Padre Anchieta) e acaba com a falseta: “Foi proclamada a escravidão”. No fim “Dona Leopoldina virou trem e dom Pedro é uma estação também”; “o trem tá atrasado ou já passou”. Parece a real história do Brasil.
Faço estas considerações ao olhar para a campanha eleitoral. Aqui em Aldeia, tem um candidato a deputado estadual que sacou bem o clima da campanha: montou um circo para sediar seu comitê eleitoral. Se na próxima legislatura e próximo governo não se concretizar finalmente uma reforma política pra valer, nós vamos pro beleléu. E o beleléu existe mesmo, como afirmava uma antiga peça infantil. O certo mesmo seria fazer afinal uma Constituinte exclusiva e livre de injunções partidárias, de legislação em causa própria de políticos profissionais. Nem o trauma do golpe conseguiu gerar uma. Ou então cairia bem um plebiscito.
Entre os candidatos com chance de ganhar, creio que a melhor pedida ainda é Dilma, com a possibilidade de, no segundo mandato, cumprir mais alguns compromissos do antigo PT. Marina Silva é uma freira protestante de repente empolgada com a possibilidade de ser presidente, agraciada que foi com a morte trágica e prematura de Eduardo Campos. Admiro muito a postura ambientalista dela, mas até isso está dando lugar a atitudes que abrem caminho para o de sempre: tudo ao agronegócio, inclusive o avanço do desmatamento e da grilagem. Aécio, como Serra, é vítima da maldição do nobre xogum Fernando 2º (FHC) e porta-estandarte da privataria tucana e da submissão do nosso país aos ditames de Washington.
No mais (será que vai mudar?), a gente sai de casa e logo fica travado no trânsito, não consegue chegar a tempo aos compromissos, atravessa ruas mal cuidadas, sujas, com calçadas indignas do nome. Enquanto isso, 106 ônibus do tipo BRT estão mofando e se deteriorando devido ao atraso nas obras nos canais por onde deveriam circular. Canais que são ocupados também por carros particulares, sem nenhuma punição. E temos de pagar o ensino e a saúde pelas quais já pagamos impostos extorsivos e sem retorno. É somos obrigados a suportar políticos pilantras e ladravazes (há exceções), escândalos intermináveis que uma oposição sem bandeiras atribui a uma exclusividade do atual governo, a costumeira instrumentalização do Estado pelo governo de turno, etc. etc. etc.
Afinal, lembro a minhas leitoras e leitores que os candidatos do PCB (o velho Partidão) são: para presidente da República Mauro Iasi; vice Sofia Manzano; governador Miguel Anacleto; senador Oxis (Antônio Elias Pereira); deputados federais Gerlane, Jerônimo Neiva, Edvalmir Carteiro, Sargento Castro e Sílvia Leocádio; deputados estaduais Charles Coriolano, Ivanildo Santos e Elizete Santos. O número do partido é 21.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

CORREDOR DA BAGUNÇA



Amigas e amigos, deem uma olhadinha aí do lado esquerdo que o “Viver é muito perigoso” ganhou mais um capítulo.
Inicio com informações que podem interessar a você. Amanhã (quinta-feira, 11), na Academia Pernambucana de Letras, a partir das 19h, serão lançados 22 títulos, entre os quais (não recebi informações sobre todos) Textos esparsos, crônicas dispersas, do professor Geraldo Pereira e Por falar em ornitorrinco Crônicas curtas e grossas, do jornalista e cronista José Teles.
Um título bem escolhido em recente reportagem do Jornal do Commercio (reproduzido no título desta postagem) descreve sucintamente o que é a Avenida Presidente Kennedy (antiga Estrada de São Benedito; mania de trocar nomes tradicionais de logradouros), em Olinda. Há anos, obras infindáveis se arrastam ali e agora parece que perderam o fio da meada. Se havia planejamento, ou era malfeito ou foi mal executado. Resultado: a bagunça instalou-se numa via prioritária para a mobilidade olindense. Não há saneamento e os canais pluviais recebem todo tipo de sujeira. Lama e poças d’água se acumulam. O traçado que fizeram para o corredor exclusivo de ônibus é uma tronchura só, causando insegurança e perigo aos pedestres e dúvidas atrozes a motoristas de coletivos e carros particulares.
Olinda merece tanto desgoverno? No que resta de orla, mais obras que se arrastam há anos. Por toda parte, ruas que não merecem esse nome. Sabemos que, segundo o modelo de politicagem antissocial vigente, o município de Olinda foi fatiado até não sobrar quase nada. Consequentemente, o recolhimento de impostos não dá para fazer muita coisa e se resume praticamente ao ISS e IPTU, pois as indústrias ali são muito escassas. Assim, mesmo com a ajuda dos governos federal e estadual, a situação financeira de uma cidade que é Patrimônio da Humanidade não poderia ser boa.
Convenhamos que a culpa não pode ser atribuída unicamente ao atual prefeito Renildo Calheiros, importado de Alagoas, onde o clã Calheiros vê encolher seu espaço de façanhas políticas. Com exceção da atual deputada Luciana Santos que, quando prefeita, fez muitas obras na área de limpeza de canais (o que não adianta muito, pois tudo volta ao que era antes devido à falta de conscientização de boa parte da população, inclusive de novos ricos e, quem sabe, de quatrocentões, quase quinhentões), os administradores mais recentes da cidade fazem muita política e pouca administração. Mas o certo é que o atual prefeito está exagerando em obras malfeitas ou inacabadas e na negligencia quanto a muito de que a Marim está precisando.
E é um dos points turísticos do Estado. Outros, como Porto da Galinhas (praia não sei por quê tão badalada), tem há mais de dez anos uma grande atração turística, uma fossa estourada na praça principal. E por aí vai. Em Boa Viagem, aqueles quinhentões e outros ricaços de que falei fazem de dutos de água usada saída de saneamento, que vai direto para a orla. A ignorância ou leniência de prefeitos, aliada à especulação imobiliária, está transformando nosso outrora belo litoral em monstrengos de antiurbanismo. E, quando o mar avança um pouco, seguindo sua sina e sem pedir licença, é um deus-nos-acuda. Culpa-se a natureza e não a falta de educação. Uma bela exceção é a Reserva do Paiva. Será porque o meu primo André Basto é diretor de construção da Odebrecht? Desculpem a modéstia.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SOBREVIVENTES DO GENOCÍDIO NAZISTA CONTRA GENOCÍDIO DE PALESTNOS



Antes de entrar no meu tema de hoje, passo pra vocês mensagem que recebi dos que fazem o Fórum Socioambiental de Aldeia:
“A instalação de um presídio em Araçoiaba poderá trazer para a nossa região elevação do índice de criminalidade, tráfico de drogas e destruição ambiental. O governo não se manifesta em relação à ação civil de mais de três anos atrás, com abaixo-assinado de 10 mil aldeenses contrários a esse projeto, e continua insistindo na construção do presídio. Entendemos que presídios são necessários, porém devem ser localizados em regiões com baixa densidade populacional para que os efeitos provocados pelo nosso falido sistema prisional tenham menor impacto nas comunidades de seu entorno. É chegada a hora de darmos o Grito de Aldeia!. Dia 7 de setembro,  venha participar do nosso protesto contra a instalação do presídio. A partir das 9h na PE-15 (Estrada de Aldeia), haverá caminhada, passeio ciclístico e cavalgada, com disciplinamento e ordenamento do trânsito. Contamos com sua participação”.
Tenho abordado, em artigos no jornal virtual Porta-Voz, o movimento judaico chamado sionista e uma estranha versão “cristã” do sionismo, de alguns cristãos que pretendem que o Estado de Israel e sua equivocada política antipalestina são imprescindíveis à formação do Reino de Deus, e querem, de quebra, a reconstrução do Templo de Jerusalém, o que implicaria a destruição de dois lugares sagrados muçulmanos.
Trato hoje aqui de um protesto de judeus antissionistas contra o que eles qualificam como genocídio e limpeza étnica praticados contra os palestinos, principalmente em Gaza, pelo governo israelense. E, o mais importante: os signatários do protesto em carta aberta, que desejam publicar no The New York Times se receberem doações, são 33 vítimas do Holocausto que conseguiram sobreviver à sanha nazista de 1932 a 1945, e 111 filhos, 196 netos e mais 454 bisnetos e outros parentes de sobreviventes. Divulgaram sua opinião, que é a de uma grande quantidade de judeus em Israel e pelo mundo a fora, no site do International Jewish Anti-Zionist Network.
Antes de divulgar aqui o documento, reitero que tenho muitos amigos judeus com quem convivo aqui e convivi em minhas andanças por “Oropa, França e Bahia”, como dizia Ascenso; e não sou contra ninguém, a não ser que sejam inimigos do povo, como os responsáveis pelas duas bombas atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki em 1945 e os que destruíram as Twin Towers em Nova York. Todos terroristas. Nem contra judeus, nem contra árabes ou negros, índios, esquimós etc. Sou teimoso e não me contenho diante de massacres, genocídios, como os do governo imperial alemão na Namíbia, do governo turco contra os armênios, dos “descobridores” (descobriram o quê?) das Américas contra os índios, dos colonizadores de todos os naipes contra povos que querem viver a sua vida. Etc., etc., etc. E, evidentemente, do governo do Estado de Israel contra os palestinos.
Esta postagem está ficando longa demais. Vou publicar hoje só o primeiro parágrafo da carta. Depois, virá o resto:
“Como sobreviventes e descendentes dos sobreviventes judeus do genocídio nazista, condenamos inequivocamente o massacre de palestinos em Gaza e a ocupação e colonização da Palestina histórica em curso. Condenamos ademais que os Estados Unidos forneçam a Israel os fundos para levar a cabo os ataques; e a todos os Estados ocidentais, de maneira geral, pelo uso da sua força diplomática para proteger Israel de ser condenado. O genocídio começa com o silêncio do mundo”.