Antes de entrar no meu tema de hoje, passo
pra vocês mensagem que recebi dos que fazem o Fórum Socioambiental de Aldeia:
“A instalação de um presídio em Araçoiaba
poderá trazer para a nossa região elevação do índice de criminalidade, tráfico
de drogas e destruição ambiental. O governo não se manifesta em relação à ação
civil de mais de três anos atrás, com abaixo-assinado de 10 mil aldeenses
contrários a esse projeto, e continua insistindo na construção do presídio.
Entendemos que presídios são necessários, porém devem ser localizados em
regiões com baixa densidade populacional para que os efeitos provocados pelo
nosso falido sistema prisional tenham menor impacto nas comunidades de seu
entorno. É chegada a hora de darmos o Grito de Aldeia!. Dia 7 de setembro, venha participar do nosso protesto contra a
instalação do presídio. A partir das 9h na PE-15 (Estrada de Aldeia), haverá
caminhada, passeio ciclístico e cavalgada, com disciplinamento e ordenamento do
trânsito. Contamos com sua participação”.
Tenho abordado, em artigos no jornal virtual Porta-Voz, o movimento judaico chamado
sionista e uma estranha versão “cristã” do sionismo, de alguns cristãos que pretendem
que o Estado de Israel e sua equivocada política antipalestina são
imprescindíveis à formação do Reino de Deus, e querem, de quebra, a
reconstrução do Templo de Jerusalém, o que implicaria a destruição de dois
lugares sagrados muçulmanos.
Trato hoje aqui de um protesto de judeus
antissionistas contra o que eles qualificam como genocídio e limpeza étnica
praticados contra os palestinos, principalmente em Gaza, pelo governo
israelense. E, o mais importante: os signatários do protesto em carta aberta,
que desejam publicar no The New York
Times se receberem doações, são 33 vítimas do Holocausto que conseguiram
sobreviver à sanha nazista de 1932 a 1945, e 111 filhos, 196 netos e mais 454
bisnetos e outros parentes de sobreviventes. Divulgaram sua opinião, que é a de
uma grande quantidade de judeus em Israel e pelo mundo a fora, no site do
International Jewish Anti-Zionist Network.
Antes de divulgar aqui o documento, reitero
que tenho muitos amigos judeus com quem convivo aqui e convivi em minhas
andanças por “Oropa, França e Bahia”, como dizia Ascenso; e não sou contra
ninguém, a não ser que sejam inimigos do povo, como os responsáveis pelas duas
bombas atômicas jogadas em Hiroshima e Nagasaki em 1945 e os que destruíram as
Twin Towers em Nova York. Todos terroristas. Nem contra judeus, nem contra
árabes ou negros, índios, esquimós etc. Sou teimoso e não me contenho diante de
massacres, genocídios, como os do governo imperial alemão na Namíbia, do
governo turco contra os armênios, dos “descobridores” (descobriram o quê?) das
Américas contra os índios, dos colonizadores de todos os naipes contra povos
que querem viver a sua vida. Etc., etc., etc. E, evidentemente, do governo do
Estado de Israel contra os palestinos.
Esta postagem está ficando longa demais. Vou
publicar hoje só o primeiro parágrafo da carta. Depois, virá o resto:
“Como sobreviventes e descendentes dos
sobreviventes judeus do genocídio nazista, condenamos inequivocamente o
massacre de palestinos em Gaza e a ocupação e colonização da Palestina
histórica em curso. Condenamos ademais que os Estados Unidos forneçam a Israel
os fundos para levar a cabo os ataques; e a todos os Estados ocidentais, de
maneira geral, pelo uso da sua força diplomática para proteger Israel de ser
condenado. O genocídio começa com o silêncio do mundo”.