Parece que urubu está voando de costas, como
dizia o Stanislaw Ponte Preta quando a conjuntura estava muito ruim. Tem até a
marcha-enredo inventada por ele, na qual o compositor da escola de samba recebera
como mote “a atual conjuntura” (estávamos na ditadura) e endoidou. Saiu aquela
história de que a princesa Leopoldina viajou pra Minas e quase foi obrigada a
casar com Tiradentes. Aparece o vigário dos índios (Padre Anchieta) e acaba com
a falseta: “Foi proclamada a escravidão”. No fim “Dona Leopoldina virou trem e
dom Pedro é uma estação também”; “o trem tá atrasado ou já passou”. Parece a
real história do Brasil.
Faço estas considerações ao olhar para a
campanha eleitoral. Aqui em Aldeia, tem um candidato a deputado estadual que
sacou bem o clima da campanha: montou um circo para sediar seu comitê eleitoral.
Se na próxima legislatura e próximo governo não se concretizar finalmente uma
reforma política pra valer, nós vamos pro beleléu. E o beleléu existe mesmo, como
afirmava uma antiga peça infantil. O certo mesmo seria fazer afinal uma
Constituinte exclusiva e livre de injunções partidárias, de legislação em causa
própria de políticos profissionais. Nem o trauma do golpe conseguiu gerar uma. Ou
então cairia bem um plebiscito.
Entre os candidatos com chance de ganhar,
creio que a melhor pedida ainda é Dilma, com a possibilidade de, no segundo
mandato, cumprir mais alguns compromissos do antigo PT. Marina Silva é uma
freira protestante de repente empolgada com a possibilidade de ser presidente,
agraciada que foi com a morte trágica e prematura de Eduardo Campos. Admiro
muito a postura ambientalista dela, mas até isso está dando lugar a atitudes
que abrem caminho para o de sempre: tudo ao agronegócio, inclusive o avanço do
desmatamento e da grilagem. Aécio, como Serra, é vítima da maldição do nobre
xogum Fernando 2º (FHC) e porta-estandarte da privataria tucana e da submissão
do nosso país aos ditames de Washington.
No mais (será que vai mudar?), a gente sai de
casa e logo fica travado no trânsito, não consegue chegar a tempo aos compromissos,
atravessa ruas mal cuidadas, sujas, com calçadas indignas do nome. Enquanto
isso, 106 ônibus do tipo BRT estão mofando e se deteriorando devido ao atraso
nas obras nos canais por onde deveriam circular. Canais que são ocupados também
por carros particulares, sem nenhuma punição. E temos de pagar o ensino e a
saúde pelas quais já pagamos impostos extorsivos e sem retorno. É somos obrigados
a suportar políticos pilantras e ladravazes (há exceções), escândalos intermináveis
que uma oposição sem bandeiras atribui a uma exclusividade do atual governo, a
costumeira instrumentalização do Estado pelo governo de turno, etc. etc. etc.
Afinal, lembro a minhas leitoras e leitores
que os candidatos do PCB (o velho Partidão) são: para presidente da República Mauro
Iasi; vice Sofia Manzano; governador Miguel Anacleto; senador Oxis (Antônio
Elias Pereira); deputados federais Gerlane, Jerônimo Neiva, Edvalmir Carteiro,
Sargento Castro e Sílvia Leocádio; deputados estaduais Charles Coriolano,
Ivanildo Santos e Elizete Santos. O número do partido é 21.
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