terça-feira, 16 de junho de 2015

JORNALISTAS-ARTISTAS GOSTARIAM DE UM ENGAVETADOR-GERAL

Pois é. Né, gente? Para alegria de uma mídia oligopolista e porta-voz exclusiva da Casa-Grande, o nível de emprego no nosso país está em queda, a inflação se animando, os juros sempre subindo de acordo com o desejo dos banqueiros (o Bradesco manda agora na Fazenda). Não é uma característica do Brasil. O mundo inteiro está em crise, até a China, acostumada a crescer aos pulos. Embora esta sinta menos, uma vez que seu capitalismo consentido é controlado pelo Partido Comunista, algo que Lênin já ensaiara nos primeiros anos da Revolução Russa de 1917. Aliás, convenhamos, o capitalismo não pode conviver com a ética nem prosperar sem crises de arrumação, solavancos. Só que quem paga pelas crises é o assalariado, o não capitalista. Salvem-se o mundo financeiro, os rentistas, pague quem vive de seu trabalho.
Quando a mais recente crise se iniciou, aí por 2008, quando até um banco faliu (boi de piranha), o então presidente Lula falou, naquela sua linguagem pitoresca, que, aqui no Brasil, a crise seria apenas uma marolinha. E foi de fato, pois tomaram-se providências para sustentar o consumo, a saúde possível da economia. Hoje, os artistas globais morrem de rir quando falam em marolinha. Artistas, sim, pois na Globo, para ser jornalista, é preciso fazer curso de teatro, com raras exceções.
Outro tema preferencial da imprensa monopolista é a corrupção desenfreada que assola o país. Para quem só está interessado em defender seus próprios interesses, sonegar as informações que não lhes interessam, manipular tudo com objetivos bem claros, a corrupção começou quando Fernando 2º (FHC) desceu a rampa do Planalto, após um mandato ganho e outro comprado, e bilhões de prejuízos ao país, com a privataria tucana e o desmantelamento do patrimônio público. Os editoriais da grande imprensa esquecem completamente que o procurador-geral de Fernando 2º (Geraldo Brindeiro) era ironicamente conhecido como engavetador-geral. A Polícia Federal não policiava nada, a não ser os mal-feitos dos inimigos do liberalismo.
Enquanto no Brasil, os postos de emprego diminuíram um bocado, mas não sumiram; enquanto o nosso país continua recebendo milhares de imigrantes e refugiados do Haiti, do Oriente Médio; na Europa a crise e a direitona só fazem crescer. Depois de se locupletarem com as riquezas naturais das Américas, da África, da Ásia, deixando na maioria dos países explorados um neocolonialismo talhado para gerar conflitos e alimentar a indústria bélica, os países da Europa rica, liderados pelos Estados Unidos (hoje colonizador), se fecham à imigração. Além de tudo, não querem assumir a responsabilidade pelo caos que geraram em países artificialmente criados por eles; pelo nascimento da Al-Qaeda, do Califado (Estado Islâmico) e demais monstrengos produzidos pelo colonialismo e pela pretensão de serem donos do mundo.

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