segunda-feira, 5 de outubro de 2015

TEM ALGUÉM QUEIMANDO COISA. TÁ BOTANDO PRA QUEBRAR. OU ENTÃO É A ZEFINHA PREPARANDO MEU JANTAR



Oi, gente! Pelo jeito, não se respeita mais horário marcado neste país. Aliás, não se respeita nada. Com o Congresso de mal com o Executivo e o Supremo fazendo o papel de Legislativo, o resto do país vai atrás no faz-de-conta. Serviços cobrados caro não são prestados a contento, por exemplo. E, apesar do zelo da Polícia Federal e de alguns procuradores e juízes, as poucas verbas que restaram na crise são ainda mais insuficientes pelo fato de prosseguirem as propinas e a fome de privatização do dinheiro público.
Comecei a escrever esta postagem pensando no que ocorreu duas vezes com minha filha Hélida (de Patrícia, mas é mesmo que ser minha, pois convivo com ela desde que tinha dez anos; tenho tempo de serviço; quanto mais pai, mãe, avô, avó melhor). Duas vezes ela levou meu netinho Benito pra ver Palavra Cantada, um espetáculo de cantigas infantis. Cansou de esperar. A primeira vez foi no Parque da Jaqueira. Após horas de espera, foi embora. Não sabe nem se houve o que estava prometido. Agora o caso se repete no Shopping Recife. Atraso de pelo menos duas horas; mas afinal apareceram algumas palavras cantadas. Ora, todo mundo merece respeito. Criança, mais ainda.
Outra má experiência. Assino a revista Carta Capital há uns 15 anos, cansado da Veja e outras baboseiras perigosas, pois pretendem refletir a opinião pública. Toda vez que é para renovar é um drama. Não avisam nada e ainda inventam débitos de um ano atrás. Há algumas semanas que não a recebo. Outro enguiço com a assinatura do Jornal do Commercio. Mandei pro crédito automático no Banco do Brasil, mas o banco só paga se houver uma confirmação a cada parcela. Além do mais, a minha agência mudou-se da Reitoria da UFPE para o Parque do Cordeiro e não levou os telefones. Sem nenhum aviso. Pode, gente? Será que tem alguma societas sceleris (sociedade criminosa ou crime organizado) querendo afundar o Banco do Brasil, como aconteceu com a Petrobras?
“Ou então é a Zefinha preparando meu jantar”, como na cantiga do fumacê. Ou pior: “Tem alguém queimando coisa. Tá botando pra quebrar”. É a Zefinha? É a coisa? A erva? O desgoverno? Quem votou na Dilma foi para ter uma ministra ruralista, um ministro dos banqueiros? Um ministério dito “renovado”, mas carimbado pela mesmice? E ainda temos de torcer para que não haja clima para um golpe, como querem Fernando 2º, Serrinha, Aecito et caterva. Democracia, eleições, alternância no poder, essa turma não sabe o que é isso. São discípulos tardios do corvo Carlos Lacerda, que levou Vargas (eleito democraticamente) ao desespero, quis impedir a candidatura e depois a posse de JK e terminou sendo descartado pelos militares que tanto bajulara.

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