Vou passando uns lembretes logo de início,
pra não esquecer. Quinta-feira próxima às 19h, na igreja das Fronteiras, missa
comemorativa pelos 16 anos de partida de Dom Helder para a vida eterna. No convite
distribuído pelo Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC), um pensamento do nosso
saudoso arcebispo: “A eternidade seria inaceitável, seria inconcebível, se
tendo-nos conhecido, amado e respeitado nesta Terra, nós não os pudéssemos
conhecer, amar e respeitar em outra morada, o céu infinito”.
Desde o domingo passado, entrou no éter o
blogue oficial do IDHeC, cujo objetivo é fornecer informações sobre a vida e a
obra de Dom Helder, propondo-se ser fonte de consulta para quem quer beber em
sua vida e ensinamentos. Ali podem ser encontrados poemas, textos e frases
dele, fotos, vídeos, áudios do seu programa “Um olhar sobre a cidade” e livros
pulicados. Vamos conferir. O blogue foi criado e é produzido pela experiente
jornalista Rejane Menezes e pode ser acessado em www.institutodomhelder.blogspot.com.
Outro lembrete. Amanhã, a partir das 10h, o
jurista e professor Sílvio Neves Baptista será homenageado pelos seus 50 anos
de magistério na Unicap. A homenagem é promovida pela universidade, através do
Centro de Ciências Jurídicas. Após a solenidade no Auditório G-1, se abrirá uma
exposição sobre a vida do homenageado na sala de multiuso G-102, às 11h,
seguida, às 11h30, por lançamento do livro do professor homenageado A nova lei da guarda compartilhada, no
Salão Receptivo.
Inspiro-me hoje em considerações publicadas
por Eduardo Hoornaert n’O Porta-Voz.
Fazia tempo que ele não aparecia nesse jornal virtual em que eu também colaboro
mensalmente e estava fazendo falta. Professor aposentado de história da Igreja,
ele é membro da Comissão de Estudos de História da Igreja na América Latina
(Cehila) e está estudando as origens da Igreja, lá nos primeiros séculos depois
de Cristo. Nasceu numa linda cidade da Bélgica, Bruges.
Ele pergunta se matar inocentes no
Afeganistão e em outras partes do mundo, o que é feito constantemente por
tropas estadunidenses ou por seus drones, é ou não terrorismo. E prossegue: “Matar
inocentes no Afeganistão, isso não é terrorismo? Não, ninguém diz isso. Matar
inocentes no Afeganistão é combater o terrorismo, assim como apoiar golpes
militares na América Latina nos anos 1960-70 era combater o comunismo”.
A seguir, o professor chama atenção para o
bombardeio diário de imagens e mensagens que sofremos de uma mídia monopolística
e reacionária, quase toda a serviço daqueles terroristas contra o terrorismo.
Quem tem uma cabeça consciente e crítica reflete, pesquisa e tira suas próprias
conclusões. O risco é “perder a cabeça” não processando conscientemente a maré
de imagens e palavras despejadas sobre nós incessantemente. O dique contra essa
maré “é nossa inteligência. Se não preservarmos nossa inteligência independente,
corremos o perigo de virar um rebanho empurrado por um louco”.
Acrescento uma reflexão minha. Tudo isso nos
remete ao conceito criado pelo papa Francisco de Roma de “ecologia integral”. A
ecologia integral não se limita a lutar pela preservação do meio ambiente, da
natureza, contra as causas do aquecimento global. Para Francisco, a ecologia
não admite exploração do homem pelo homem, pobreza extrema, fome, genocídio,
guerras, tudo aquilo que fundamenta uma civilização que não soube ouvir ou
entender a mensagem de Jesus Cristo nem as de outros que pregaram a justiça, a
paz, o amor entre todos.
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