terça-feira, 12 de julho de 2016

FHC, QUE APOIOU O GOLPE, PROMETE RECOLOCAR O BRASIL NAS TRILHAS DA DECÊNCIA E DO DESENVOLVIMENTO. RIR OU CHORAR?

Gente amiga, em meio à bagunça política e à privatização do dinheiro público por quem deveria aplicá-lo para o bem comum, uma notícia que deveria ser alvissareira, se fundamento tivesse. Após colocar um marca-passo, o ex-presidente FHC, também conhecido como xogum (brinde de Mangabeira Unger, ex-ministro aqui e professor em Harvard) e Fernando 2º (o primeiro foi o “collorido”, candidato da Rede Globo e da Casa-Grande para “salvar a pátria”), deitou falação: vai viver muito ainda para recolocar o Brasil nas trilhas da decência e do desenvolvimento.
Epa! Não satisfeito em nos enganar com o real a um dólar e quebrar o país, de evitar a apuração de crimes como o afundamento de uma plataforma da Petrobras sob a responsabilidade de um genro dele que dirigia a empresa pública, e o suborno de parlamentares para ganhar um segundo mandato, quis mais e obteve. Com um procurador geral da república, um Brindeiro aí (não lembro o seu nome próprio), que engavetava tudo o que não agradasse ao xogum, além de muitos parlamentares dóceis e subornáveis, evitou CPIs e foi driblando.
Mas o pior, o que mais atrasou o país (que ele promete reconduzir, com sua contribuição, às trilhas da decência e do desenvolvimento) foi a alienação de importante parte de um patrimônio público penosamente acumulado desde os tempos de Getúlio (FHC prometeu acabar com a era Vargas). Felizmente, não deu tempo de torrar a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal. Não que se deva evitar toda e qualquer privatização, mas há empresas estratégicas, como as das áreas de energia, comunicações, que precisam ser públicas, ao menos em um país ainda não plenamente desenvolvido. Outra observação: pública não é sinônimo de estatal; uma empresa pública tem de ser controlada pela sociedade, a serviço da qual foi criada a superestrutura do Estado.
Hipócrita e cinicamente, Fernando 2º e a caterva que o assessorou nas privatizações prometeram que os grupos que adquirissem as empresas públicas iriam capitalizá-las e haveria as agências reguladoras para cuidar dos interesses dos dois lados e não permitir a exploração do consumidor. Nem uma coisa nem a outra funcionaram. Grupos, quer estrangeiros quer nacionais, chegaram de mãos praticamente vazias e foram acudidos pelo BNDES e outros bancos públicos. E as agências reguladoras praticamente se limitam a homologar constantes e abusivos aumentos de tarifas. Triste exemplo de malversação do dinheiro público: um moderno centro de pesquisas implantado pela Telebras aqui em Aldeia (Camaragibe-PE) foi simplesmente abandonado à própria sorte, sucateado, depredado. Pesquisa nacional para quê? Tudo vem pronto de fora.

A falação do xogum chega numa hora em que ele escancarou sua face golpista apoiando o desgoverno Temer, o qual, com o know-how de José Serra, se prepara para torrar o que sobrou, sobretudo Petrobras e pré-sal. Gente, essa turma não tem voto, só arranja alguma coisa com golpe. Antes que acabem com o país, deveria ser convocada, pela primeira vez no Brasil, uma Constituinte exclusiva e não contaminada por políticos profissionais que só pensam em negociatas e vantagens sem fim. Nem na Independência nem na República nem nunca tivemos Constituinte. Pedro 1º, Floriano mandaram os constituintes passear e outorgaram constituições a sua imagem e semelhança. Getúlio, em sua fase ditatorial, também fez a sua. Depois do Estado Novo, mais um Congresso fantasiado de Constituinte. Depois veio a Constituição dos militares, coroada pelo AI-5. Após a assim dita redemocratização (com José Sarney, já imaginaram?), pretendeu-se fazer afinal uma Constituinte exclusiva. Os “profissionais” não permitiram e ganhamos (ganhamos?) uma Constituição casuística (uma Constituição tem de ser enxuta, com grandes princípios que orientem os legisladores comuns) e que mais parece uma colcha de retalhos, tantas são as emendas, sempre casuísticas, que recebeu.

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