quarta-feira, 3 de agosto de 2016

COMUNIDADE ECLESIAL IGREJA NOVA RESPONDE A DOM ALDO PAGOTTO, FORÇADO A RENUNCIAR À ARQUIDIOCESE DA PARAÍBA

Abordo hoje um tema que costumo tratar no site Porta-Voz (rejane.edite@gmail.com). Recebi da comunidade eclesial de base Igreja Nova, que também edita o jornal Igreja Nova, um esclarecimento sobre opiniões do ex-arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto, que merecem uma maior divulgação. Como é sabido, esse religioso (religioso?) foi forçado, pelo papa Francisco, a renunciar por constar em sua ficha que protege padres e seminaristas acusados de pedofilia e mantém relações comprometedoras. Além disso, mantinha atitude político-partidária participando ativamente, todo embandeirado, de manifestações pelo golpe contra Dilma. Em anos passados, quando ele era bispo no Ceará, o Ministério Público apurou que dom Aldo manobrou para que adolescentes vítimas de um padre pedófilo atenuassem seus depoimentos. Com Francisco, o Vaticano não está mais acobertando a pedofilia nem ele tolera a hipocrisia.
Em carta aberta ao ex-arcebispo, a comunidade Igreja Nova esclarece “equívocos e inverdades” a ela atribuídos em documento (confidencial, mas jogado na internet) dirigido por ele ao cardeal Stella, prefeito da Congregação para o Clero da assim dita Santa Sé. Primeiro, a Igreja Nova não é uma nova Igreja e sim uma comunidade eclesial em comunhão com a Igreja de Cristo. Também não é apenas editora de um jornal (Igreja Nova). É uma comunidade que se reúne nas casas de seus membros, como os primeiros cristãos, lê o Evangelho e reflete sobre ele, tem engajamento em creches, memorial histórico (IdHeC), movimentos e serviços arquidiocesanos e até participação em comissão pontifícia.

Além disso, em seus 25 anos de atuação, publicou 167 edições do jornal Igreja Nova, o documento censurado na ditadura Ouvi os clamores do meu povo, subscrito em 1973 por 14 bispos e quatro provinciais de ordens religiosas. Ainda promoveu a Jornada Teológica Dom Helder Camara (13 edições), numa época em que Olinda e Recife era uma arquidiocese ocupada por um jurista que ignorava o Evangelho e foi para cá enviado para desmontar a Igreja Conciliar erguida por dom Helder. Outra afirmação do arcebispo forçado a deixar a arquidiocese da Paraíba que é contestada é de que o jornal Igreja Nova não era responsável por matérias difamatórias sobre dom José Cardoso Sobrinho (o jurista). Esclarece afinal, a resposta a dom Aldo, que a comunidade Igreja Nova é impulsionada pelo sopro do espírito de Deus, em comunhão com a Igreja Católica, Apostólica, Romana, sendo a voz de leigas e leigos cristãos, em defesa da Igreja de saída, peregrina, de túnica e sandália, pobre e servidora, como nos propõe o papa Francisco.

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