O Brasil se tornou, ainda mais, um país
raivoso. A raiva e o antagonismo já são velhos conhecidos nossos, entre
exploradores e explorados, Casa Grande e Senzala. Já passamos por um
colonialismo brutal, quando não se podia ter ensino superior, imprimir livros e
jornais; a escravidão; uma independência a serviço da monarquia portuguesa e
por aí vai. E o pessoal ainda tripudia, quando chama de Restauração
Pernambucana a volta da exploração e da Inquisição (os holandeses em Pernambuco
só queriam comerciar, ganhar dinheiro).
Mas o que eu observo é que, com esse clima de
terceiro turno, quarto turno, a gente está partindo para a agressão verbal a
física a quem discorda de um pensamento que se pretende único. Amigos se
afastam, famílias se dividem. Precisamos nos convencer de que o ódio não
constrói. E também que já é tempo de a gente ter eleições periódicas e
respeitar seus resultados. Acabar, de uma vez por todas, com nossa triste
tradição de golpes, pronunciamentos, gritos. O melhor mesmo seria que se convocasse
finalmente uma Constituinte exclusiva, a ser elaborada por juristas, cidadãos
destacados e que não pretendam tirar proveito; e não feita por aqueles mesmos “profissionais”
que compram e vendem votos, legislam em causa própria e se agregam cada vez
mais privilégios indevidos.
Enquanto se vive esse clima pestilento, a
Rede Globo já se apressa, sem pudor, a escalar um novo governo a sua imagem e
semelhança, aquela repórter sinistra, Cristiana Lobo, não sabe por onde começar
suas “versões” dos fatos. Ela tem um programa com esse nome. Para ela e demais
repórteres “globais”, as versões, interpretações, distorções são muito mais
importantes que a verdade factual. Sem nenhuma compostura, o vice Temer já age
como se presidente fosse. Serra, Fernando 2º (FHC) et caterva estão
saltitantes. O xogum parece até que esqueceu dos dinheirinhos lá fora.
O mais triste e risível, não fosse para
chorar, é que toda vez que se fala em regulação da mídia que precisa de
concessão do Estado, vem logo a gritaria: é censura, é contra a liberdade de
expressão; como se não fosse essa mesma mídia que pratica autocensura, sonega e
distorce fatos. E como se países civilizados como a Grã-Bretanha não regulassem
sua mídia eletrônica. Até um jornal, que não precisa de concessão, já foi obrigado
a fechar (grupo Murdoch). Como precisamos de civilização, educação, gente!
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