Essa notícia de que a Coreia
do Norte, um dos países mais fechados do mundo e que proclama um comunismo
totalmente fora de prumo, pior do que aquele tipo que terminou por estilhaçar a
União Soviética, avançou em seu programa de produção de armas nucleares é extremamente
preocupante. Nenhum país deveria ter armas desse tipo, nem os Estados Unidos,
único país até agora a usá-las contra um país (o Japão) já em seus extertores
no fim da 2ª Guerra Mundial. Em duas lapadas, mataram centenas de milhares de
civis. Um terrorismo que o establishment estadunidense considera “do bem”, pois
teria evitado mais baixas dos EUA e impedido a URSS de ocupar uma parte doJapão,
contra o qual também estava em guerra.
O Brasil se recusou durante
muito tempo a assinar o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, inventado
pelos EUA para que outros países não desenvolvessem nem a energia nuclear para
fins pacíficos, como a produção de energia. Quem resolveu assiná-lo? Só poderia
ser o xogum Fernando 2º, sempre obsequioso em relação aos desejos e imperativos
estadunidenses. Israel, Índia, Paquistão podem ter até armas nucleares, não só
produção pacífica. Agora aparece a Coreia de Pyongyang afirmando que já fez seu
teste da bomba de hidrogênio. Assinando aquele tratado, o nosso país tem
dificuldade na produção de energia de fonte nuclear, pois se submete a
inspeções a que os EUA, a Rússia etc. não estão sujeitos.
Aonde nos levará a insensatez
da dinastia familiar que governa aquele país desde os anos 1950? Vai empurrar
uma bomba sobre a vizinha Coreia do Sul, extremamente desenvolvida? Ou mandar
uma para o Japão? Será que a vizinha China, uma potência comunista com tinturas
de capitalismo de Estado, conseguirá controlar os ímpetos belicosos do governo
norte-coreano?
Já não bastam as inúmeras e
infindáveis guerras tradicionais que a força dos produtores de armamentos
espalha e sustenta pelo mundo afora, sobretudo no Oriente Médio? O governo dos
EUA jogou suas duas bombas atômicas no longínquo Japão. E se os controladores do
Estado de Israel decidirem experimentar as suas para completar a limpeza étnica
dos palestinos? Como é que fica? São vizinhos, inclusive o governo sionista
coloniza vastas áreas do pouco que sobrou da Palestina de 1967. Todo mundo
ficará contaminado com irradiação nuclear. Ou é só pra fazer medo? E se o
Paquistão e a Índia decidirem se enfrentar nuclearmente?
Não seria melhor todo mundo
renunciar a tão perigosos e apocalípticos instrumentos bélicos? Mas aí já seria
utopia. E se pode viver sem utopia?
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