Estamos chegando ao Dia de
Reis, com a queima da lapinha e folguedos populares por todo este imenso Brasil.O
Dia de Reis é designado oficialmente pela Igreja comoe Epifania (aparecimento,
manifestação, em grego) e, na maioria das igrejas orientais, é festejado como o
Natal da Igreja Romana e de outras confissões cristãs ocidentais. A seguir, no
calendário litúrgico cristão, vêm a Quaresma, Páscoa, Pentecostes, até
chegarmos novamente ao Advento, que prepara a celebração do nascimento de Jesus
Cristo.
Como sabemos, num cristianismo
diluído como o nosso, não vivemos certamente segundo a descrição da vida dos
primeiros, cristãos, narrada no livro dos Atos
dos Apóstolos, onde ficamos sabendo como eles juntavam o que possuíam e
faziam uma redistribuição a cada uma conforme suas necessidades, como se reuniam
para a partilha do pão, o eucarístico e o do sustento físico, como pregavam o
Evangelho a judeus e àqueles chamados de gentios, como São Pedro não exercia
nenhuma administração monárquica, chegando a ser questionado pelos outros
apóstolos e desafiado por São Paulo, que, este sim, tinha pretensões
hegemônicas e era quem mandava mesmo (ou fazia força para isso), praticamente
obrigando Pedro a viajar para Roma. Paulo só pensava em difundir o Evangelho no
mundo greco-romano, enquanto Pedro era mais ligado ao mundo judaico e
médio-oriental.
Hoje, nós (aqueles que nos
dizemos cristãos) será que, nestas festas de fim de ano, prestamos uma atenção
fraterna àqueles que nos servem em xópins, restaurantes, réveillons; bem como a
outras pessoas obrigadas a trabalhar quando folgamos e que recebem, geralmente,
remuneração baixíssima?
Bom seria fazermos um exame de
consciência e tentarmos uma vida cristã mais autêntica durante o ano que temos
pela frente, “O que fizerdes a um destes estareis fazendo a mim”, disse o
Mestre. E lembremos: quantos ateus, agnósticos, fiéis de outras crenças levam
uma vida muita mais cristão que a da maioria dos cristãos?
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