terça-feira, 28 de março de 2017

ARRUFOS E PUGILATOS ENTRE GRANDÕES DA REPÚBLICA QUE OS GOLPISTAS QUEREM “BANANERA”

Os grandões da República estão se desentendo quase aos socos e safanões. O que só pode ocorrer em uma republiqueta de banana, como o nosso Brasil está se tornando com esse novo golpe que Washington inventou para substituir a velha cooptação de militares insubordinados e doutrinados no War College. República “bananera”, sim. Vocês já viram os discretos ministros da Suprema Corte dos EUA rebolando diante de holofotes e dando entrevistas em que pré-julgam causas? O homem de negócios que é, substancialmente, o ministro do STF Gilmar Mendes andou por aí agredindo o procurador-geral da República Rodrigo Janot, que lhe respondeu também aos socos e pontapés.
O centro dos desentendimentos é a Operação Lava Jato. É que, conseguido o abominável impedimento sem motivos sérios de uma presidente constitucionalmente eleita, o ministro-empresário virou-se contra essa caça às bruxas simbolizada pelo juiz Moro, pois quer paz e conforto para investigados que são seus amigos do PMDB/PSDB. No dia 21 passado, no plenário do STF, sem citar o procurador, acusou-o do crime de vazamento de informações sigilosas e de tentar fazer o tribunal de fantoche.
E o ministro que concede sucessivos habeas-corpus a amigos ainda sugeriu a anulação da validade do material vazado, um sonho de congressistas da pesada e da trupe que assaltou o Planalto. Por sua vez, Janot, também sem citar o nome do desafeto, atribuiu-lhe decrepitude moral, disenteria verbal e o acusou de distribuir impropérios abrigado na quase certeza da impunidade. Foi além o procurador ao criticar a escandalosa intimidade de Mendes com o governante golpista Michel Temer e com outros investigados que deverá julgar do STF: jantares, reuniões às escondidas, caronas em aviões da FAB.
Há pessoas que não hesitam em violar o dever da imparcialidade, acrescenta Janot, sôfregas pelo reconhecimento e afago dos poderosos de plantão. Decência? Retidão? Pru mode?, como diria o matuto, ou o caipira, como preferem os paulistas. Já se espera que o procurador solicite ao STF que Mendes não participe de julgamentos em que não teria isenção.

Antes de findar, desejo registrar a inauguração popular da transposição das águas do São Francisco, em Monteiro (PB), com a presença de Lula, que convidou a presidente deposta. Quão diversa da inauguração fajuta dos golpistas, quase escondidos com medo de apupos.

sábado, 25 de março de 2017

CARNE FRACA. GOVERNO GOLPISTA INCOMPETENTE. O QUE QUER ESSA TRUPE?

Não precisava mais esse novo escândalo da “Carne Fraca” para estragar ainda mais a imagem que o Brasil vinha construindo lá fora há alguns anos. Parece coisa encomendada, para a plebe esquecer o desmonte das leis trabalhistas, do direito adquirido a uma aposentadoria decente, afinal, o desmonte de um país com alguma seriedade perante a comunidade internacional. A turma da Casa Grande ou seus representantes, o partidário juiz Moro à frente, só lembram os grandes escândalos que, embora não inaugurados por Lula, se intensificaram nos seus governos. A serviço do novo modelo de golpe engendrado pelo establishment estadunidense (observem suas constantes viagens aos Estados Unidos), o provinciano e vaidoso magistrado escolhe suas vítimas sempre entre gente, malfeitores ou não, de esquerda. Aécio, Serra et caterva são tratados a pão de ló. Tem mesmo aí uma foto de Moro e Aécio prosando e morrendo de rir. De nós, certamente.
Mais uma vez, reitero que ele não está errado ao punir malfeitores, o que ele não pode é prejulgar e selecionar vítimas. E, ao punir, não tem o direito de acabar com a Petrobras e grandes empreiteiras brasileiras. Ao colaborar com um Executivo golpista, um Congresso com boa quantidade de criminosos e um Judiciário frequentemente omisso e conivente, ele abre o mercado brasileiro para empreiteiras estrangeiras e para as famosas Sete Irmãs da área petrolífera.
Uma tênue esperança é que, no próximo ano, haverá eleições e os nossos parlamentares estão temerosos de conceder aos golpistas tudo o que eles querem. Afinal de contas, aqueles que fazem do mandato uma gazua para roubalheiras iriam fazer o que sem ele? Outra esperança é que a incompetência e, convenhamos, molecagem da trupe de Temer a obrigue a cair fora do governo.
Nessa trapalhada da carne, muita coisa ainda há a esclarecer. O Brasil vem tentando há muito firmar-se nesse mercado e, dada a ganância de alguns dos nossos empresários, tem sofrido reveses. A febre aftosa, por exemplo, levou tempo para ser debelada e ainda hoje aparecem denúncias a respeito. Mas o que vem à tona agora é manipulação fora das regras e venda do produto estragado e com ingredientes que disfarçam tal deterioração.
Não se pode deixar de levar em conta que a trupe do governo golpista é tão despreparada e sem compromisso com o povo que pode ter engendrado algo sem medir as consequências. O resultado é a perda do mercado de carne para o nosso país, que já está perdendo tudo: pré-sal, know-how na construção de obras e por aí vai. Como sabemos.

Ou será que esses caras da trupe golpista são veganos ou vegetarianos? Ao menos Temer, não. Ele andou se exibindo comendo carne argentina por brasileira.

quarta-feira, 22 de março de 2017

PÉSSIMO, CARO E PERIGOSO. É O QUE ACHAM DO SISTEMA PÙBLICO DE TRANSPORTE DA REGIÃO METROPOLITANA SEUS USUÁRIOS

Mais uma vez, a coleguinha Roberta Soares, do Jornal do Commercio, especializada em trânsito e transporte público, volta ao tema do abandono em que se encontra o sistema de transporte público no nosso Estado. Foi no dia 19 de março, consagrado a São José e quando o nordestino planta milho para o São João e acredita que, se chover nessa data, o inverno vai ser bom. “Eu prantei meu mio todo no dia de São José. / Se me ajuda a Providência, / vamo tê mio a grané. / Pelos caico eu vou cuiê vinte espiga em cada pé”, cantava Luiz Gonzaga.
Mesmo que haja um bom inverno este ano, coisa que está rareando com as agressões do bicho homem ao meio ambiente, os passageiros de ônibus do Recife e do Estado vão continuar viajando com medo. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau sobre o transporte por ônibus na Região Metropolitana, a opinião dos usuários é que se trata de algo péssimo, caro e perigoso. Péssimo com ônibus sucateados e insuficientes, além de motoristas mal preparados. Caro porque o valor das tarifas não condiz com o serviço oferecido. E perigoso porque motoristas, cobradores e passageiros estão sujeitos a constantes assaltos, que não excluem mortes, em qualquer horário.
Prossigo com base na reportagem de Roberta Soares. Das 624 pessoas ouvidas pela pesquisa, em seis terminais integrados do Grande Recife, 75,6% afirmaram ter medo de andar de ônibus devido à falta de segurança. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, só este ano foram 821 ocorrências até o dia 13 de março. “Nós passageiros estamos sós”, desabafa uma vítima, a analista de internet Suzana Almeida. O medo é permanente de novas investidas.
Outro dado da pesquisa é que, para os usuários, o Governo do Estado é responsável pela situação (Secretaria de Defesa Social, Polícia Militar e Grande Recife Consórcio de Transportes). “O Governo do Estado perdeu a luta para a violência. Ninguém se importa mais com as pessoas que usam o transporte público”, desabafou um pai que perdeu a filha em assalto, Suany Muniz Rodrigues, executada aos 33 anos em 2013 na BR-101 Sul.
O Governo tem uma explicação esdrúxula em sua defesa. Diz que está reagindo à violência no transporte público. Mas, mais do que a violência real, a pesquisa revela que os passageiros de ônibus sofrem mesmo é com sensação de insegurança. Pronto, disse. É só uma sensação. É por isso que os anarquistas espanhóis diziam outrora: Hay gobierno? Soy contra.


terça-feira, 21 de março de 2017

PAPA FRANCISCO. CONCÍLIO. SÍNODO. E A OPOSIÇÃO FEROZ DA CÚRIA ROMANA.

O papa Francisco partiu para o seu retiro do início da Quaresma, com outros bispos, com muitas preocupações na cabeça. Com um projeto pastoral de consertar a Igreja de Cristo, como seu modelo Francisco de Assis fizera simbolicamente ao restaurar uma igrejinha arruinada em sua terra natal, a da Porciúncula, enfrenta dos mais conservadores uma brutal oposição. Já insinuam alguns que o papa deve renunciar, como fez seu antecessor Bento 16.
A missão que ele assumiu de livrar a Igreja da multissecular e nada cristã tutela da Cúria Romana, que domina o Vaticano, é tarefa para muitos anos. Ele está apenas dando os primeiros passos. Se tiver o sucesso que todos os cristãos  mais afinados com o Evangelho desejam, um grande passo terá sido dado nesse sentido.
Impossível que não houvesse reações daqueles que se acostumaram a uma religião oficial e a um papado sucessor do Império Romana, e disso tiram proveito. E bote proveito nisso. Cardeais que levam vida nababesca e moram em ricos apartamentos, que, através da Cúria, mandam na Igreja e nos papas, que escolhem bispos de todo o mundo à sua imagem e semelhança não iriam tolerar que um obscuro bispo sul-americano, pela primeira vez na história, chegasse ao assim dito trono de Pedro (e o pobre e humilde Pedro teve trono?).
Apesar de alguns remanejamentos e afastamentos procedidos por Francisco, prosseguiram na sua trama não só contra ele, mas contra a Igreja de Cristo, que não se confunde com o Vaticano e a Cúria. E essas feras não fazem cerimônia. Tem aí um bispo que é secretário do renunciante Bento (esqueço seu nome completo; é um Georg alemão) e que critica abertamente o papa argentino e sustenta que o certo seria ele governar junto com Bento.
Com toda essa oposição, Francisco não consegue implantar todas as suas reformas e fazer aquilo que deseja e vê como certo para a Igreja. Há pouco tempo, Marie Collins, que fazia parte de uma comissão sobre abusos sexuais contra crianças, perpetrados por clérigos, deixou o cargo frustrada por aquilo que chama de “vergonhosa falta de cooperação” das autoridades envolvidas nos caos de abusos.
É aquela história: o direito canônico obriga o clérigo a fazer voto de castidade, mas aparentemente, na prática, o homossexualismo e o abuso contra crianças não se enquadra nesse voto. Voto que certamente não se baseia no Evangelho. Collins salienta a intransigência da Cúria, que “ainda não entrou no século 21” e quer encobrir os fatos. Casamento, divórcio, gays, celibato eclesiástico são assuntos vetados pela Cúria, que vem ganhando contra o papa, embora ele seja persistente. Tem aí um cardeal chamado Raymond Burke que se opõe abertamente a Francisco e estaria por trás de cartazes antipapa nas ruas de Roma e de “notícias” em jornais satíricos.
Lembramos que uma volta a uma Igreja inspirada no livro dos Atos dos Apóstolos exigirá talvez cerca de um século. Cristo não quis fundar uma nova religião, apenas reformar desvios na religião judaica. Não mandou construírem templos, algo copiado das religiões pagãs. A celebração eucarística era feita nas casas dos fieis e locais de reunião. Os bispos não eram uma casta de intocáveis pairando acima dos discípulos. A invenção de cardeal não havia ainda sido montada por uma Igreja-Império.

Francisco paga o preço por afinal resolver implementar a modernização do Concílio dos anos 1960.

sexta-feira, 17 de março de 2017

UMA ADOLESCENTE DÁ LIÇÕES A QUEM PAUTA A VIDA PÚBLICA PELA MESQUINHEZ

Em um desgoverno maligno como o que estamos sofrendo sob o guante de golpistas assanhados, não poderia faltar uma reforma para pior na área de educação. Tirante a grande facada nas áreas de saúde, ensino, previdência que eles pretendem dar, a trupe encarregou um ministro da Educação que não sabe distinguir “houve” de “houveram”, Mendonça Filho, que já foi até governador de Pernambuco pelo partido herdeiro da Arena da ditadura, de dar uma entortada no ensino médio.
Abusando de Medida Provisória, desde o ano passado os golpistas ignoram solenemente a luta dos estudantes por um ensino que nos iguale ao menos ao Chile e à Argentina. Ana Júlia Ribeiro, aquela garota paranaense que, no ano passado, se tornou o símbolo do movimento de ocupação das escolas públicas, afirma que um governo sem voto popular persegue policialmente e reprime as manifestações da garotada. Uma garotada, acrescento, muito mais politizada e consciente que esses marmanjos e até anciãos que garantem representar o povo brasileiro.
Estão propondo um ensino que deixa de lado a educação, a pedagogia, que, segundo Ana Júlia, não tem uma proposta de formação humana cidadã, prioriza apenas o mercado de trabalho. O estudante seria apenas a mão de obra do futuro. O que aparentemente poderia ser uma vantagem, que é a escola de ensino médio de sete horas integrais, não funcionará, pois os prédios escolares não têm estrutura para acolher os alunos nem por muito menos tempo
Hipocritamente, a MP fala de um professor com notório saber, sabendo porém que a metade deles não tem formação específica nas áreas em que ensinam. Como melhorar assim a qualidade do ensino? O progresso obtido com a obrigatoriedade de filosofia, sociologia e artes no currículo vai por água abaixo. Para que estudar filosofia, se o estudante dos sonhos de Temer e Mendonça não deve nem precisa ter espírito crítico?
E porque os mestres são mal formados? Estudar para receber o salário que eles ganham não vale a pena. Como sustentar a família, comprar livros, aperfeiçoar-se na sua área, reciclar-se com um salário miserável?
Brandamente, a sábia menina lembra que está mais do que claro que a nossa democracia, há algum tempo, tem sido ignorada e descartada com falsas legalidades e desrespeitos à Constituição. “Não podemos, porém, desanimar nem desistir. Não podemos ceder aos retrocessos promovidos por quem pretende se apropriar dos direitos do povo.” E conclui seu artigo na revista CartaCapital: “Por fim é hora de colocarmos no papel a experiência de uma gestão democrática nas escolas. Temos a consciência de que o poder é do povo. O poder é nossoe , por princípio, nos pertence. Temporariamente o emprestamos aos nossos governantes. Se eles não nos atenderem, nós o tomamos de volta”.

Que vergonha para os golpistas! Uma adolescente dando lições a quem pauta a vida pública por deslavada mesquinhez.

quinta-feira, 16 de março de 2017

MANIFESTAÇÕES DE HOJE PEDEM FIM DO GOPPE E PRESERVAÇÃO DE DIREITOS

No dia de hoje, milhares e milhares de brasileiros protestaram, em muitas cidades do país, inclusive no Recife, contra esse desgoverno golpista que está aí e contra o desmonte apressado e criminoso que promove do Projeto Brasil dos primeiros anos do século 21. Aliás, uma herança de Getúlio Vargas, que foi ditador, sim, mas numa época em que ditadura era moda nas civilizadas Alemanha e Itália, até na França de Vichy após a invasão alemã. Ele cometeu arbitrariedades de ditador, como a entrega de Olga Benario, grávida do brasileiro Luiz Carlos Prestes, aos nazistas; mas, pelo lado bom, terminou de acabar a escravidão, com as leis trabalhistas, criou a Petrobras e começou a montar uma infraestrutura para o desenvolvimento e verdadeira independência do nosso país. Quando ele foi levado ao desespero do suicídio em 1954, acossado pelos golpistas de então, estava exercendo um mandato democrático e constitucional.
Observe-se que Getúlio, no caso Olga, foi pressionado por seu homem da segurança Filinto Mueller, que foi expulso da Coluna Prestes e odiava o companheiro de Olga.
Quem sabe, as manifestações de hoje e outras que por aí virão consigam despertar o povo para a realidade que vivemos: golpe contra a presidente eleita, através de um impedimento sem base constitucional, votado por malfeitores que dominam o Congresso; desmonte da Petrobras e BNDES (duas heranças de Getúlio), e mais Banco do Brasil, Caixa Econômica e tudo aquilo que o xogum Fernando 2º (FHC, aquele que comprou a reeleição) não teve tempo de incluir em sua privataria (vejam o livro sob o título de Privataria tucana). Rio e Pernambuco já preparam a privatização de suas companhias de água e saneamento.
Se a Compesa já é uma das empresas públicas mais incompetentes, pior ainda ficará, seguindo o exemplo da Celpe, da Telpe. Falando em Celpe, essa concessionária de energia voltou a castigar Aldeia (onde me escondo) e adjacências com apagões programados por sua incompetência em manter e aperfeiçoar as redes de distribuição. Para investidores estrangeiros que abiscoitaram empresas públicas brasileiras, ter energia e outros bens regularmente é coisa de branco, do mundo lá de riba. Negros, mulatos, cafusos, mamelucos, caboclos não merecem essas dádivas da civilização. Chibata neles. E agora com esse desgoverno golpista, ilegítimo, é que a coisa tende a melhorar...
Será que vai sobrar alguma coisa de um Brasil que tem tudo para ser grande se os golpistas continuarem aí até o fim de 2018? Algo tem de ser feito antes, logo. Precisamos de uma Constituinte exclusiva que elabore uma Constituição respeitável que não permita que bandidos tomem conta do poder.

Amém. Aleluia.

segunda-feira, 13 de março de 2017

“CADA TAUBA QUE CAÍA DOÍA NO CORAÇÃO”. COMO NA BELA LETRA DE ADONIRAN, ESTÃODESMONTANDO O BRASIL

Vocês se lembram da letra de Saudosa Maloca, de Adoniran Barbosa? Trata-se da demolição de um velho palacete em decadência e abandonado, daqueles que existem muito por velhos bairros paulistanos. Nos Campos Elíseos, por exemplo, que já foi área nobre (expressão monarquista) onde havia inclusive o Palácio do Governo paulista, que migrou para o Morumbi. Por ali medra hoje a Cracolândia, onde uma população miserável mora e se droga na rua ou em malocas e, agora, tem de enfrentar também o novo alcaide paulistano (um tal de Dória), que não aprecia a política social de recuperação e reintegração implantada pelo ex-prefeito Fernando Haddad.
Naquela canção do grande Adoniran, tem um pé que fala assim: “Peguemo todas nossas coisa / e fumo pro meio da rua / apreciá a demolição. / Que tristeza que nós sentia, / cada tauba que caía / doía no coração”. Ele escrevia assim, como o povão fala. Essa demolição da maloca que Adoniran montou com o Mato Grosso e o Joca só me lembra o desmonte brutal que o nosso país (que não é uma maloca; estou só aproveitando a poesia de Adoniran) está sofrendo sob o poder espúrio de golpistas e quadrilheiros. Cada “tauba” que cai dói muito no coração e na cabeça. Cadê aquele projeto de país independente que Getúlio tentou e foi retomado pelos governos populares do início deste século 21?
Muita “tauba” já caiu e vai continuar caindo, se o povo não se levantar nas ruas, sindicatos, universidades, escolas. Dilma, que não era nenhuma estadista, nenhum Lula, não é sequer acusada de qualquer roubalheira mas, num conluio entre parlamentares, quase todos acusados de falcatruas, ministros, juízes, altos executivos, foi alijada da Presidência da República, traída por seu vice, uma espécie de clone de Café Filho, herdeiro da República do Galeão (aquela que antecedeu em mais 60 anos a República de Curitiba, a chefiada pelo juiz Moro). A do Galeão era chefiada por militares insubordinados que não engoliam a criação da Petrobras e a concretização de outros projetos de Getúlio e o levaram ao suicídio. A de Curitiba é aquela de um juiz provinciano e partidário, preparado nos Estados Unidos para defender os interesses de Washington, que construiu um novo tipo de golpe pseudoconstitucional, já aplicado em Honduras, Paraguai e, agora, no Brasil, que volta a ser uma “república de bananas”. Quanta glória.
Recentemente assisti a um bate-papo com Mino Carta e Paulo Henrique Amorim, no Sindsprev, e fiquei impressionado com a quantidade de informações que esses dois grandes jornalistas têm sobre esse TEMERário desmonte. Como sabemos, o pré-sal já foi assaltado; a Petrobras Distribuidora rifada barato; prepara-se uma nova “privatização”, que completará aquela de Fernando 2º (aquele sociólogo sem aluno, FHC) entregando às teles que abiscoitaram a Telebras todos os ativos que deveriam restituir ao Estado ao fim das concessões; os idosos vão ficar impedidos de gozar aposentadoria (só no céu); a CLT de Getúlio vai pro beleléu. E muita coisa mais vem por aí se não houver uma reação nossa. A quem interessa o desmonte, tanta “tauba” caindo? Ao Brasil certamente não.

T’esconjuro! Vade retro, Satanás!

sábado, 11 de março de 2017

REBELDE, REPUBLICANO, FEDERATIVO, PERNAMBUCO PERDEU MAIS DA METADE DE SEU EXTENSO TERRITÓRIO

Neste tempo de comemorações a propósito dos 200 anos da Revolução Republicana de 1817, na qual os pernambucanos comprovaram, mais uma vez, seu pioneirismo e vanguardismo políticos, confirmando que “a República é filha de Olinda”, não pretendo relembrar a toda a história. Ela vem sendo competentemente revivida por vários mestres, como Socorro Ferraz, que conheci na política estudantil. Desejo apenas fazer algumas observações sobre o que é apresentado como a história oficial do Brasil, desde que o federalismo republicano pelo qual tantos conterrâneos nossos lutaram e morreram, foi substituído pela hegemonia Rio-São Paulo-Minas e pela consolidação de uma República quase tão imperial quanto a monarquia.
Pela história oficial, apesar de todo o nosso pioneirismo e glórias revolucionárias, nada aconteceu de importante e decisivo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O Sul é tolerado como um quintal do Sudeste. Esse espírito antifederativo tomou conta da nossa cultura. Rádios, TVs, jornais regionais geralmente gravitam em torno do Sol sudestino. Recebemos programas prontos do Rio, de São Paulo, e até a previsão do tempo passa rasteiramente pelo Nordeste.
O pior é que, nas escolas, nossas crianças e adolescentes aprendem pela cartilha sudestina, com raras exceções constituídas por mestres que revisitam e reescrevem a história oficial (ad usum Delphini ou para uso do Delfim, como dizem os franceses; notando que esse Delfim aí não é o Delfim Netto, é o herdeiro do trono francês). Assim, eles ficam convencidos de que Tiradentes é “o” mártir da Independência, apesar de ele não ter feito nenhuma revolução, apenas participado de uma trama. Ao dizer isto, não estou diminuindo em nada o heroísmo dos assim ditos inconfidentes. O certo é que Domingos José Martins, José de Barros Lima (Leão Coroado), José Luiz de Mendonça, Frei Caneca, Padre Roma, Abreu e Lima, Vigário Tenório, Cruz Cabugá, Frei Miguelinho, Padre João Ribeiro e tantos outros são solenemente ignorados pela história oficial.
Algo interessante é que a Revolução cujo bicentenário comemoramos também é conhecida como a Revolução dos Padres. A participação de clérigos foi fundamental para a articulação do movimento. Em 1800 tinha sido criado o Seminário de Olinda, a primeira escola superior da colônia, numa época em que não havia separação entre Igreja e Estado. Seus estudantes, fossem clérigos ou leigos, recebiam uma formação baseada no iluminismo do século 18. Muitos padres eram adeptos da maçonaria. Posteriormente, já no Império, a Igreja chegou a brigar com a maçonaria, que agrupava quase todos os políticos, inclusive o imperador, gerando os casos de perseguição a Dom Vital e Dom Macedo Costa.
Como imperial castigo pela rebeldia pernambucana, principalmente em 1817 e 1824, é que a província perdeu cerca da metade de seu espaçoso território. Pedro 1º detestava a província rebelde e tirou-lhe o atual Estado de Alagoas e também a Comarca do São Francisco, que espichava Pernambuco até Minas e Goiás. Infelizmente, depois de uma última fulguração na Revolução Praieira (1848), os governantes pernambucanos foram amansando e, mesmo com o fim da monarquia, nunca reivindicaram os territórios perdidos para a prepotência. Talvez fosse difícil extinguir Alagoas, que logo constituiu uma nova província, mas certamente caberia a essa gente, que no geral trocou o vanguardismo por uma politicagem rasteira, reivindicar a Comarca do São Francisco, anexada à Bahia.

Houve uma cerimônia macabra durante a ditadura, que trouxe os ossos de Pedro 1º para o Brasil e ainda deu um passeio com eles, inclusive por Pernambuco. Na ocasião, Barbosa Lima Sobrinho, um ex-governador nosso, que morava no Rio e escrevia para o Jornal do Brasil, esbravejou dizendo que o nosso Estado, mutilado por aquele monarca, jamais deveria ter recebido e homenageado a ossada do déspota.

quarta-feira, 8 de março de 2017

DE TERRORISMO E TERRORISMO. DO ESTADO ISLÂMICO E DE ESTADOS QUE SE DIZEM CRISTÃOS

Quando Karl Marx disse que a religião é o ópio do povo, não expressava simplesmente seu ateísmo e seu materialismo. Vendo o que ele via, tinha alguma razão, pois não distinguia a pregação, de Cristo e de Maomé por exemplo, da prática dos que se dizem deles discípulos. E se visse hoje o que pratica o Estado Islâmico, em nome de Deus e da religião islamita; o que fazem os tão “cristãos” países europeus com os migrantes e refugiados que os procuram; o que faz o governo do Estado judaico contra os palestinos; veria ainda mais ópio nas religiões ou, mais modernamente, cocaína.
Eu nunca tive nas mãos o texto do Corão (vou procurá-lo) mas, pelo que tenho lido sobre Maomé e seus escritos, ele nunca pregou a destruição dos não crentes nem o terrorismo. É verdade que seus sucessores eram muito belicosos e conquistaram meio mundo, desde a Península Ibérica e o norte africano até a Indonésia, mas respeitando as outras religiões. No norte da África e no Oriente Médio conviveram com judeus e cristãos. Um exemplo de harmonia e coexistência pacífica entre religiões foi o Califado de Córdoba, na Espanha, onde conviviam em paz muçulmanos, judeus e cristãos e onde brotaram sábios como Avicena e Averroes. Antes de expulsos, os árabes deixaram ali uma arquitetura admirável, como no Escurial.
Quando se fala em terrorismo, tem-se de levar em conta que ele começou lá longe, há muito tempo, na matança de hereges, nas Cruzadas, no colonialismo. E continua hoje, praticado por assim ditos cristãos, na 3ª Guerra Mundial, que começou na Coréia em 1950 e não parou mais (a indústria bélica agradece), na destruição de Hiroshima e Nagasaki pelos estadunidenses, na matança de inimigos, não com direito a julgamento e defesa como em Nurembergue, mas através de meios sofisticados como drones ou missões secretas.
Estou escrevendo horrorizado, como qualquer pessoa que aspira à civilização, com a última, por enquanto, do autoproclamado Estado Islâmico. No Afeganistão, terroristas disfarçados como médicos entraram em um hospital e massacraram dezenas de pacientes, médicos, funcionários. Ora, isso não é humano nem pode derivar de uma religião. Levemos em conta, porém, que aviões americanos e russos, e também do próprio governo sírio que se gruda ao poder, têm bombardeado hospitais inúmeras vezes. Há muita diferença nas duas atitudes, uma direta e outra levada a cabo assepticamente de longa distância? No Vietnam, os pilotos dos bombardeiros estadunidenses também não corriam nenhum risco. Era só desovar as bombas, muitas de napalm que queimavam as pessoas. Os amarelinhos lá em baixo que se virassem. Os EUA foram derrotados vergonhosamente. Fugiram atabalhoadamente de Saigon cercada. Os senhores da guerra não aprendem. Alguns anos antes, os colonizadores franceses também haviam sido derrotados na famosa batalha de Diem-Biem-Phu pelo herói Ho-Chi-Min, que igualmente comandou a derrota dos EUA.

O papa Francisco já está achando que o Apocalipse vem aí.

terça-feira, 7 de março de 2017

TEM AÍ UM JURISTA QUE QUER DAR FIM A PENDURICALHOS DE MAGISTRADOS

Os pobres magistrados inativos estão querendo auxílio moradia. Senão, vão morar debaixo da ponte. E os ativos? Precisam? E por que nós, pobres mortais que arcamos com os penduricalhos de altos executivos, parlamentares, magistrados e quejandos, não temos auxílio nem pra ir morar no cemitério? Depois reclamam que o conceito “sociedade de classes” é coisa de comunista.
Não sou somente eu a me preocupar com esses disparates à brasileira. O diretor da Faculdade de Direito do Recife Francisco Queiroz, que foi desembargador no Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, entrou com uma ação, que ele qualifica como provocativa, no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que o auxílio moradia seja considerado como remuneração e assim pago também aos magistrados inativos. Queiroz é um dos juristas que participaram da defesa da ex-presidente Dilma Roussef, atropelada por golpistas dos três poderes, no vergonhoso processo de seu impeachment.
A provocação a que ele se refere é para que o STF se pronuncie sobre os penduricalhos usados hoje para aumentar os salários dos membros do Poder Judiciário para além do teto constitucional de R$33.763 (eu acho é pouquinho, como dizem, no Carnaval, os filhos da turma do olindense Eu Acho é Pouco). Informa o jurista que tem aí nos tribunais desembargador recebendo R$60 mil, R$70 mil com “essas invenções indenizatórias, que são irreais”. E que o Ministério Público, “para outras coisas tão rigoroso”, também é beneficiário de penduricalhos.
Nenhum poder escapa da cultura golpista do nosso país. Militares podem por seus generais como presidentes e fica por isso mesmo. Congressistas fazem a farra às nossas custas e sacramentam golpes. Magistrados também facilitam golpes e arbitrariedades. Aí por 1947 (“meninos, eu vi”), duramente pressionado pelo governo dos Estados Unidos, o STF cassou o registro do Partido Comunista Brasileiro (PCB, o chamado Partidão, e não a dissidência do PCdoB que veio aí por 1962), e os mandatos de dezenas de senadores, deputados federais e estaduais, vereadores eleitos por essa legenda. Basta lembrar isso.
Acredito que, enquanto o Brasil não tiver direito (nunca lhe reconheceram esse direito) a uma Constituinte exclusiva, composta por juristas e outras personalidades acatadas pela sociedade e não pelos políticos profissionais viciados de sempre reunidos em congressos constituintes (sem falar das constituições outorgadas), esses e outros vícios que brotam da nossa história e cultura colonial, escravista, latifundiária, rentista, resumida na expressão “lavar a burra”, não serão extirpados.

A coisa não é fácil. Após 21 anos de uma brutal e incompetente ditadura, nascida de um golpe civil-militar, tentou-se isso mais uma vez. Havia até um texto básico produzido pelo jurista Afonso Arinos para servir de plataforma às discussões dos constituintes. Os Sarneys, ACMs e outros aproveitadores e saudosistas da ditadura não podiam permitir que seus privilégios fossem rifados por uma democracia autêntica. Aí veio a “redemocratização” fajuta que tivemos, temerosa do fantasma dos militares e que confirmou a anistia impossível de torturadores, sequestradores, assassinos (aqueles que matavam sem ser na luta armada). De qualquer maneira, eram assassinos, pois foram eles que derrubaram a Constituição de 1946 (bastante boa) porque a Senzala estava obtendo alguns poucos progressos sociais. O resultado de 1988 foi uma Constituição que não merece o respeito nem de seus autores e que virou colcha de retalhos de tanta emenda casuística.

sábado, 4 de março de 2017

HÁ UMA DISTINÇÃO (SUTIL?) ENTRE MURO “DEMOCRÁTICO” E MURO COMUNISTA

Gente, os muros se tornaram parte integrante de nossa duvidosa “civilização” Muito tempo depois da queda dos muros de Jericó, de os muros de Troia terem sido penetrados pelo famoso cavalo dos gregos, de os assim ditos bárbaros terem derrubado os muros de Roma, novos muros se multiplicam, geralmente erguidos por países oriundos de migrações. Interessante que, durante os anos da Guerra Fria, os “democratas ocidentais e cristãos” abominavam o Muro de Berlim, que dividia a cidade em uma banda capitalista e outra comunista.
Mal caída aquela abominação, que só poderia emanar, segundo os “democratas ocidentais”, da mente doentia do comunismo soviético, começaram a surgir os “muros democratas”. Terminara a Guerra Fria, com a descomunização da URSS (onde comunismo autêntico nunca houvera e, sim, estatismo) e, de repente, os muros se tornaram toleráveis, pois era para proteger a “democracia”. Mesmo porque descobriu-se que a Guerra Fria continuava; EUA e Rússia prosseguiam sem se beijar, além de a segunda continuar sendo uma potência nuclear.
O primeiro país a verificar os aspectos “democráticos” de um muro foi Israel, sob governo fascistoide. Além de não permitirem a consolidação de um Estado Palestino autônomo, os governantes judeus semeiam colônias nas terras que supostamente deveriam ser palestinas e cercam de muros essas colônias para preservar a segurança dos invasores. Uma amiga minha que andou recentemente na Terra Santa me disse que a toda hora você se depara com um check-point israelense. Há redutos em que palestinos ficam isolados. E tome muro.
Não contentes de haverem pilhado e destruído centenas de aldeias palestinas em 1948, os grandes aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio continuam hoje em busca da “solução final” que Hitler buscou para os judeus da Alemanha e países ocupados pelos nazistas. Com a solução final, o governo fascistoide do Estado judeu busca também “espaço vital” (outro conceito nazista).
Entre o México e os EUA, enquanto não o contiverem, o incrível Trump, êmulo de Hulck, também quer erguer seu muro. Os EUA já se apossaram da metade do México à força e agora querem isolá-lo do “paraíso” lá de riba. “Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos!”, dizia o presidente mexicano Lázaro Cardenas, aquele que nacionalizou o petróleo de seu país.
Na Europa, por (mau) exemplo, na catolicíssima Hungria, erguem-se muros para não dar passagem a refugiados de guerra e perseguidos da África e Oriente Médio. Lembre-se: regiões outrora invadidas e colonizadas por cruzados e potências europeias.

Precisa mais, gente? Felizmente, o Brasil ainda é (cuidado com os golpistas!) um dos países mais abertos a imigrantes, refugiados ou não. Libaneses (o presidente golpista é descendente de libaneses; neste caso, seus antepassados deveriam ter ficado na terra dos cedros), sírios, judeus, haitianos, africanos encontram aqui um novo lar e ajuda para aprenderem o idioma e obterem trabalho. Para sempre amém.

quinta-feira, 2 de março de 2017

LIQUIDAÇÃO DO PAÍS TEM PRESSA, POIS GOLPE PODE CAIR

A liquidação do Brasil prossegue rápido, pois os golpistas sabem que não vão durar muito. E o recurso a MPs (as tais medidas provisórias) ajuda muito. A MP existe até em democracias mais buriladas, mas só pode ser usada em casos de extrema urgência, de recesso do Congresso. Aqui servem para tudo, até para Fernando 1º (Collor) confiscar as poupanças dos brasileiros.
Temer, o ilegítimo, não poderia ignorá-las no desgoverno que faz. A da vez é uma MP para liberar irrestritamente a venda de terras a estrangeiros. Febre semelhante atacou o país aí por 1967-68, no regime militar. Eu trabalhava nos Cadernos Especiais da Folha de S. Paulo e fiz algumas reportagens sobre o tema. Militares nacionalistas conseguiram impedir o avanço, que se baseava em estudos do Hudson Institute, um thinktank, como os estadunidenses chamam, que tinha o olho na Amazônia. Hoje, além dessa MP, cogita-se outra para entregar aos EUA a base de Alcântara. Recordemos que, há uns 15 anos, houve ali uma explosão suspeita que matou vários cientistas espaciais brasileiros. Nunca se apurou nada.
Como sempre, o desgoverno age sem dar chance de debate e de argumentação contrária. A Advocacia Geral da União (AGU) já elaborou o texto da MP, que pode ganhar força de lei imediatamente, só com a sanção do golpista. Ele só não o fez ainda porque, como lá nos longínquos anos 1960, há resistência de militares que se pautam pelos interesses nacionais. O objetivo de Temer, Padilha (há quem o chame de Quadrilha) e demais golpistas é abiscoitar capitais estrangeiros rapidamente, para tentar melhorar a economia nacional. Embora estejam difíceis tais investimentos, pois o desgoverno não tem legitimidade nem merece confiança. No ano passado, ano da imensa conquista pseudodemocrática do impeachment, a atividade econômica no Brasil teve queda de 4,34%.
Pela proposta da AGU, o próprio presidente golpista pode definir o tamanho máximo das extensões de terras que empresas de outros países poderão comprar. O texto também não impõe limites à soma de áreas rurais que uma empresa brasileira controlada por estrangeiros, direta ou indiretamente, pode adquirir em um mesmo município.

Para os militares, em primeiro lugar está a política nacional de defesa, sobretudo as diretrizes que regem a necessidade de o país dispor de meios com capacidade de exercer controle do seu território. Até a Rede Globo está tomando distância de Temer e do seu desgoverno.