Gente, desde sexta-feira de manhã que tento
postar estas considerações. A “privataria tucana” continua impávida.
A desfaçatez na política internacional não
tem mesmo limites. Não é que o incrível presidente dos Estados Unidos se diz
com pena dos sírios mortos, inclusive “lindas crianças”, por armas químicas do
governo Assad? Não só está com pena (como pode ter pena de seres, para ele,
inferiores?), como condenou com veemência o emprego de armas químicas.
Os EUA lançaram bombas atômicas em Hiroshima
e Nagasaki temerosos de que a URSS, já livre de Hitler, ocupasse parte do Japão.
Empregaram armas químicas no Vietnam, que mataram ou feriram gravemente
guerrilheiros, civis, crianças. Patrocinaram dezenas de golpes pelo mundo todo,
sobretudo na América do Sul e Caribe (até hoje ocupam parte do território
cubano em Guantanamo e praticamente anexaram Puerto Rico).
Hoje mudaram de tática criando cobras em
países com governos que julgam hostis, como já fizeram em Honduras, Paraguai e
Brasil, para conseguir o impedimento de presidentes democraticamente eleitos.
Democracia? Constituição? Isso é coisa para brancos. Povos morenos não merecem
esse luxo. Como Trump demonstrou atacando a Síria, sem declarar guerra e sem
permissão do Congresso. Não vão achar que estou defendendo Assad, um dos
ditadores mais frios e ambiciosos do planeta. É uma questão de coerência.
Seguindo a lógica trumpeana, se amanhã o Brasil mandar Temer para Miami, os EUA
se julgarão no direito de chamar nosso país à ordem. Antigamente, os marines
desembarcavam em praias de crioulos e negros rebeldes. Hoje, bastam mísseis
Tomahawk. Quem sabe, fica mais barato.
Essa história de o governo estadunidense
teimar em atuar como xerife do mundo não pode dar certo; não vai dar certo;
principalmente quando a Rússia pós-soviética continua querendo ser, e agindo
nesse sentido, xerife dissidente. Ela tem base aérea na Síria, onde é aliada de
Assad, e pode-se imaginar o bode que vai dar se houver um choque entre as duas
superpotências. T’esconjuro!
Esse cabra, Trump, age como um desmiolado.
Ele parece não ter consciência das consequências de seus atos.
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