sábado, 29 de abril de 2017

GREVE GERAL COM SUCESSO TRAZ ESPERANÇA DE QUE O GOLPE CAIA

Caras leitoras e caros leitores, estamos concluindo com ótimo êxito uma jornada de greve geral contra um retrocesso que atinge conquistas dos anos 30/40 do século passado, como as leis do trabalho, que complementaram tardiamente a abolição da escravatura, e as da Previdência Social. Com exceção dos baderneiros que costumam infiltrar-se em manifestações populares, os participantes da greve se comportaram dignamente e pararam praticamente o país.
Fica assim claro para os golpistas, se já não estava, que a população, o eleitorado, os trabalhadores não aceitam o bote sorrateiro que gente sem voto deu na nossa democracia. Sempre repito que Dilma Roussef não era uma presidente ideal. Ela é teimosa, não se aconselhava com quem deveria e não sabe fazer política; além de que prometeu uma coisa, na campanha da reeleição, e estava entregando outra. Nem por isso (e não foi por isso) poderia ter sido impedida sem base constitucional, como pretexto para que a cambada falsamente aliada a ela pudesse executar uma política de volta à submissão incondicional do Brasil aos interesses dos Estados Unidos. Política que teve, mais de uma vez, hoje, a rejeição clara do eleitorado.
Sabemos que esse tipo de golpe pseudoconstitucional constitui o novo arranjo de Washington para não permitir que a América Latina, que sempre consideraram e continuam considerando seu quintal, possa seguir seus próprios caminhos. Inaugurado em Honduras e aplicado também no Paraguai, deu certo (errado!) em nossa pátria. A candidata da vez é a Venezuela, que está dura de roer. Apesar de que Hugo Chávez, que, como Lula, fez muito pelos interesses nacionais e populares, não soube preparar um sucessor. Esse Maduro é muito imaturo.
A greve de hoje disse o que o povo queria dizer. Fazer o que agora? O que eu considero o mais correto, uma vez que houve golpe, quebra constitucional, é por o impostor pra correr (já deve ter um apartamento lá em Miami, perto do de Joaquim Barbosa e dos irmãos Marinho da Globo) e convocar uma Constituinte exclusiva, que seria a primeira da nossa história. Não uma Constituinte capenga e viciada, composta por um Congresso com tantos corruptos.
Com os presidentes do Senado e da Câmara que temos aí, o correto é convocar eleições diretas.


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