Desculpem o atraso. Reclamem com Fernando 2º
(FHC). A “privataria tucana” está indócil.
Agora são os nossos índios, os que ainda
restam, que estão na mira do desgoverno. Quando ainda era ministro da Justiça, em
parte responsável pelos massacres em presídios da Amazônia, o hoje ínclito
ministro do STF Alexandre Moraes baixou portarias podando os poderes
constitucionais da Funai. Chamado à ordem, não mudou suas intenções. Saiu do
ministério para o STF, mas o que queria era controlar a Funai e as demarcações
e homologações. Por trás de tudo, o agronegócio, poderoso na agropecuária e no
extrativismo.
O cerco à Funai e aos povos pré-colombianos
ou pré-cabralinos que ainda restam prossegue no atual desgoverno, contando com a
ajuda dos ruralistas. No seu costumeiro tom entre cretino e pedante, o impostor
Temer afirma, sem pestanejar, que “a Funai fica prestigiada cada vez mais”.
Romero Jucá, que joga no mesmo time, é pau pra toda obra e já presidiu a Funai,
liberou uma área ocupada por povo indígena e a entregou a
fazendeiros/grileiros. Os akuntsus foram vítimas de genocídio em 1995. Até o
infeliz governo do segundo mandato de Dilma foi ruim para os indígenas; não
demarcou quase nada.
Temer apressou-se em colocar seus cupinchas
na Funai. Segundo explica o procurador do MPF Luciano Mariz Maia,
subprocurador-geral da República que coordena a Câmara de Populações Indígenas,
“O atual governo está decidido a destruir a Funai e faz isso por dentro e por
fora. Por fora, permitindo que lideranças de sua base ataquem diretamente a
Funai, e internamente reduzindo os recursos e enxugando o corpo de funcionários
de tal maneira que inviabiliza o processo de demarcação de terras indígenas”. Foram
extintos no atual desgoverno, 347 cargos e 50 coordenações técnicas. Que
saudade de Noel Nutels, aquele ucraniano formado em medicina no Recife que foi
o último presidente da Funai no governo golpeado de Jango e teve sua vida
escarafunchada por Orígenes Lessa em O
índio cor de rosa. De golpe em golpe, a gente vai afundando
O chefe da Funai escolhido pelo desgoverno é
o pastor protestante Antônio Fernandes Toninho Costa, que tem uma visão próxima
à dos ruralistas. Ignora-se totalmente a política nacional estabelecida de Gestão
Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, que garante inclusive a
preservação ambiental (Floresta Amazônica), na luta contra mudanças climáticas.
Para o novo ministro da Justiça, digno substituto de Alexandre Moraes, Osmar Serraglio,
território não enche barriga...
É possível permitir que o impostor Temer
continue desgovernando um país que merece outra sorte? Constituinte já!
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