Além dos costumeiros
aborrecimentos e atrasos devidos à “privataria tucana”, tive ontem um caso
adicional derivado de um quase desastre de goteira, aqui nestas matas de
aldeia. Sorry!
O depoimento de Lula
perante o seletivo juiz Moro confirmou que o ex-presidente continua sendo
acusado sem provas. Não entendo por que a Rede Globo e a também seletiva mídia
nativa, que costuma sonegar e manipular informações, estão lhe dando tanta
cobertura. De todo modo “ceterum censeo Lulam esse delendum” (trocando Cartago
por Lula). A Casa-Grande e a direita golpista que “elegeu” Michel Miguel não
aceitam a volta de Lula, campeão até agora nas pesquisas, e sua provável reeleição
em 1922. Pra que Fernando 2º (FHC, que saiu do armário do golpe) inventou essa
história de reeleição e, por cima, sujou-se ainda mais com sua compra?
Au profit de Lula,
como ele diria se estivesse em Nanterre, onde diz ter dado aulas mesmo com seu
péssimo francês? É interessante e sintomático da atual conjuntura brasileira
(lembram do “Samba do crioulo doido?) que a Justiça e o Ministério Público nada
se incomodem com as peripécias de Aecinho, Serra Alckmin (o Santo) e tantas outros
vestais da nossa tão hipócrita política. O “ínclito” juiz Moro já foi
fotografado às gargalhadas com Aecinho. Rindo de nós?
As tais delações
premiadas, logo escancaradas para a imprensa nativa, diminuem sensivelmente os
anos de pena dos que se prestam a dizer o que o juiz quer ouvir. Se o cara tem
uma longa sentença, mas decide atender aos anseios desse juiz que não corresponde
àquele “estin tou kritou dikaios dikazein” que eu conheci quando estudava grego
no seminário (compete ao juiz julgar com isenção), ganha logo um corte
substancial na pena. Pode até receber indulgência plenária, se a carga contra
Lula, Dilma PT for mais substancial.
Michel Miguel deveria
é voltar logo pra casa, aposentar-se mais uma vez e ir criar o Michelzinho, que
já nasceu milionário, e aproveitar o convívio com a esposa, que é “recatada e
do lar”, como garante a incrível revista Veja.
Eleições “diretas já”, inclusive para uma Constituinte exclusiva, algo que o
nosso país nunca teve. Uma Constituinte feita por nossos profissionais da
política, em grande parte uma societas sceleris (organização criminosa), só
iriam perpetuar o estado de calamidade em que o Brasil vive, sobertudo após o
impedimento inconstitucional de Dilma.
Ressalvemos sempre
que nem Lula nem Dilma são santos, mas seus pecados estão a anos luz da trágica
pagodeira em que vivemos.
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