sábado, 27 de maio de 2017

MANICÔMIO? PICADEIRO? JUÍZES ESTÃO ABRINDO A BOCA. É TEMPO

O ínclito ministro do SFT Gilmar Mendes, que faz plantão para dar habeas corpus e comanda vastos negócios, afirmou, não faz muito, que a Justiça brasileira é um “manicômio judiciário”. Pronto, falou. O cabra é homem de negócios, briga feio com os pares e, ao mesmo tempo, integra uma corte que deveria pairar acima da política e dos negócios, garantindo a aplicação da Constituição e dirimindo questões que nunca poderiam ser, por exemplo, a disputa por campeonato nacional entre Flamengo e Sport. Assim já é entrar no perigoso terreno da galhofa, como diria Stanislaw Ponte Preta. Ou do manicômio, como prefere Gilmar.
Se preferirem picadeiro, temos o caso, por exemplo, de um juiz que tentou fechar o Instituto Lula. Trata-se de Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que viu naquela instituição indícios (sempre os indícios, que são o que embasa a Lava-Jato) de que instalações dela podem ter sido usadas para a prática de crimes (podem...). Ele diz que o próprio ex-presidente admitiu o uso do local para reuniões dos mais diversos temas. Teria Lula que pedir autorização ao juiz de picadeiro para se reunir com quem quiser? Já o desembargador Néviton Guedes (do TRF-1) desmontou o picadeiro ao derrubar a decisão do juiz. Ressaltou a ilegitimidade das “provas” apresentadas.
O apressadinho juiz Leite, êmulo do juiz Moro, há cerca de dois anos, foi investigado pela Corregedoria da Justiça Federal por conta de suas ações à frente da Operação Zelotes. Segundo investigadores da operação, o magistrado barrou vários pedidos de prisão preventiva solicitados pela Polícia Federal e paralisou interceptações telefônicas quando as diligências caminhavam para comprovar crimes praticados por altos funcionários de bancos. Acabou afastado do processo.

Eta juiz imparcial! Se as corregedorias não agirem rápida e energicamente, aonde vai a nossa Justiça?

Nenhum comentário: