segunda-feira, 22 de maio de 2017

MOVIMENTO PELAS DIRETAS JÁ NÃO PROSPEROU EM 1984. FOI INCLUSIVE BOICOTADO PELA REDE GLOBO. RESULTADO: SARNEY ILEGITIMAMENTE NA PRESIDÊNCIA. ELE E ACM FIZERAM O QUE A GLOBO QUERIA. ESTAMOS DE NOVO PRECISANDO DE DIRETAS JÁ

Em 1984, no ocaso da ditadura de 21 anos com generais-ditadores eleitos por um Congresso encabrestado, como se presidentes fossem, houve uma proposta de Diretas Já do deputado Dante de Oliveira. Perdeu por dois votos, numa reação comandada por Ribamar Sarney, que abiscoitaria fraudulentamente a Presidência com o falecimento de Tancredo Neves, este um cabra sempre imunizado contra golpes, tendo apoiado, por exemplo, Getúlio em 1954 e Jango em 1964. Com medo de que os generais voltassem ao Planalto, os congressistas, habituados ao cabresto, sacramentaram o soba do Maranhão.
Estamos novamente diante de Diretas Já, pois, embora não estejam previstas, acredito que, desde a ruptura da Constituição com o impedimento sem motivo de Dilma, vivemos sob golpe. E é preciso rompê-lo. Esse Congresso aí, desmoralizado por todo tipo de escândalo e roubalheira, sem representatividade, vai eleger quem? Fernando 2º (FHC), para completar a obra da privataria e do desmantelamento da CLT e da Previdência, Alckmin (o Santo), Serra, quem? Certamente um ajuntamento de profiteurs como esse não vai escolher um presidente que continue as políticas sociais e de autonomia inauguradas por Lula.
Estamos precisando de uma Revolução dos Cravos que faça do Brasil um imenso Portugal, como cantou Chico naquela época. Precisamos de uma “vila morena” (Grândola, uma aldeia do Alentejo) e muitos cravos. Recordemos a senha para a Revolução, uma canção proibida pela censura salazarista e que, numa bela manhã, começou a ser tocada abertamente pior uma rádio lisboeta:
“Grândola, vila morena, terra da fraternidade, o povo é que mais ordena dentro de ti, ó cidade. Em cada esquina, um amigo, em cada rosto, igualdade. Grândola, vila morena, terra da fraternidade”.
Naquele tempo, eu morava no Rio, ainda Estado da Guanabara, forçado a fundir-se com o Estado do Rio, como qual não tinha, nem tem, nenhuma afinidade, pelo ditador de plantão Ernesto Geisel. Que inveja! Sobretudo quando o colega Duda Guennes passou pela redação anunciando que se mudava para Portugal.
O que hoje temos é um governo ilegítimo, do qual alguns já vão se despedindo. O Ministério da Cultua perdeu o cultíssimo Roberto Freire... Mas outro pernambucano, o grande educador Mendonça Filho, continua no leme da Educação... Temer não dura muito. E depois? Vamos continuar no desgoverno sem votos?

Diretas Já!

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