sexta-feira, 8 de setembro de 2017

O BRASIL PRECISA DE REGULAÇÃO DA MÍDIA. DAÍ O CERCO A LULA

Prosseguindo na minha conversa com vocês sobre regulação da mídia em concessão, algo que há em qualquer país civilizado. Segundo a jornalista Laís Modelli, em número especial da revista Caros Amigos sobre “Rede Globo, 50 anos de manipulação” (maio de 2015), a Constituição brasileira garante a existência de três tipos de meios de comunicação concedidos no país: os privados, os públicos e os estatais. Ela cita o pesquisador Eugênio Bucci, segundo o qual a concessão privada “é aquela que é operada por uma emissora com fins de lucro, uma emissora comercial; a estatal é aquela que é operada diretamente por uma empresa estatal ou diretamente por um dos poderes da República; a emissora chamada pública é aquela que não tem fins de lucro e não pertence ao Estado, podendo normalmente ter um regime jurídico de fundação”. Mas, prossegue, “Como não temos uma regulação dessa matéria no Brasil por uma legislação ordinária, a conceituação não é assim tão clara”.
Na opinião do pesquisador César Ricardo Siqueira Bolaño, que Modelli também cita, “na verdade, essa classificação em três sistemas é polêmica. Todo serviço de radiodifusão deveria ser considerado público e cada tipo de agente, empresarial, estatal ou comunitário, deveria atender a certas exigências mínimas nesse sentido”. O capital privado trata esse bem público como pura mercadoria. Reivindica prioridade e privilégios no direito de acesso às verbas publicitárias ou na discriminação das rádios e TVs comunitárias na disputa pelo espectro.
Na prática, para Modelli, a TV de capital privado brasileira, comumente gerenciada por famílias (como Globo, SBT) ou por instituições religiosas (como Rede Vida e Rede Record), é um gigante de mercado que sufoca qualquer tentativa de meios públicos e comunitários de existirem no mesmo patamar. Há dois modelos de regulação que visam minimizar a tendência concentracionista no que se refere à organização dos sistemas de radiodifusão e TV. O americano o faz via regulação da concorrência. O europeu privilegia a existência de um setor público forte e competitivo. A British Broadcasting Corporation da Grã-Bretanha, mais conhecida como BBC, constitui exemplo de boas práticas para o setor privado. Durante a 2ª Guerra Mundial era ouvida avidamente tanto no lado aliado (inclusive Brasil) como na Alemanha nazista.

Capitalismo selvagem não! Regulação já! Fora Michel Miguel Elias Temer Lulia e sua quadrilha! (não sou eu que digo quadrilha; estou com muita gente que não concorda com o golpe).

Nenhum comentário: