Vou transcrever para vocês hoje uma parte (a
outra vem depois) de um artigo impressionante de Norma Estela Ferreyra,
transcrito da revista Diálogos do Sul,
um site muito bom sobre coisas de nuestra Latinoamérica. Ela trata da
multinacional Monsanto, que impõe ao mundo quase tudo seus transgênicos, fertilizantes
e agrotóxicos. A gente come uma fruta pensando que está se alimentando
sadiamente e engole sua dose de agrotóxicos. O capitalismo selvagem é uma calamidade
mesmo. Ao artigo.
Monsanto e
latifundiários argentinos semeiam o horror
SET 14, 2017 Revista
Diálogos do Sul
Norma Estela Ferreyra*
Pouco cuidam da saúde dos que
trabalham, que em geral ignoram as consequências futuras desse trabalho
insalubre
Também não faltaram cientistas nem
médicos que poderiam evitar as consequências, ou talvez houve alguns, que não
foram escutados e que, imediatamente, eram refutados por semelhante polvo
empresarial que pisa forte em todos os países do mundo.
Os organismos estatais que deveriam
avaliar os tóxicos e informar os que detinham condições de proibir a Monsanto
de vender os produtos químicos nocivos a curto e longo prazo, para os que
trabalham com eles e os que fumigam, inclusive para a própria natureza, a
terra, fauna, flora e seus habitantes, que consomem os produtos transgênicos,
fumigados e envenenados por produtos tóxicos.
Também os médicos que começaram a
falar das enfermidades que apareciam ao longo do tempo foram silenciados.
Grande quantidade de gado aparecia morto e se impunha o silêncio. Imagino que
os presidentes recebiam informes falsos e não foram devidamente assessorados,
porque o dinheiro oferecido pela transnacional é sempre muito tentador, tanto
para as pessoas comuns como para aqueles que deveriam analisar e aprovar esses
produtos. Estamos, sem dúvida, diante de um delito de lesa humanidade, pois submete
a cidadania a uma experiência como essa, que provoca câncer, enfermidades
desconhecidas e permite que a cidadania consuma produtos com químicos que
envenenam o corpo, deterioram a saúde, especialmente a das crianças e dos
idosos.
A Monsanto é tão poderosa que nenhum
país consegue expulsá-la depois que se instala. Mas não termina tudo aí, porque
tanto os fertilizantes como todos os produtos vendidos pela empresa têm uso
intensivo e sem limites. E isso é responsabilidade do governante, ou seja, do
presidente. Por quê?
Porque além do mal que lhe estão
informando, sempre está a dúvida diante de resultados que transcendem no mundo,
já que os produtos dessa transnacional e de outros laboratórios, que surgiram
para terminar com a fome nos países pobres, hoje sabemos que estão dispostos a
exterminá-los, simplesmente porque tem gente demais que foge dos países com
fome, miséria e que cruza fronteiras para procurar trabalho ou bem-estar e, por
isso, incomodam as pessoas que pertencem ao mal chamado primeiro mundo. Eu
chamaria de mundo criminoso e genocida da superpopulação planetária em que tudo
parece estar permitido.
Falando dos laboratórios em geral, é
bom recordar que os farmacêuticos elaboraram cerca de uma vintena de vacinas
que devem ser ministradas a um bebê, com pouco tempo de nascido e que colocam
em risco sua vida, pois a maioria é de vacinas sintéticas. Assim também os
antidepressivos, antidiabéticos, anti colesterol etc , que se destinam ao
mesmo, ou seja, para diminuir a superpopulação. E muito especialmente nos dois
extremos da vida (bebês e anciãos), que são pouco convenientes para o
liberalismo selvagem, impiedoso e criminoso, que necessita de escravos que
trabalhem muitas horas e que lhe deem muito lucro. E existe um trabalho
coordenado que gera muito lucro. Fazem uma boa equipe, por um lado, a Monsanto
com seus tóxicos que envenenam a população e, por outro lado, a máfia da
indústria farmacêutica que produz remédios para aplacar os efeitos, porque há
dúvida de que curam.
Voltando ao agronegócio argentino,
cujos latifundiários vivem em pleno luxo nas grandes cidades e exploram suas
terras através de lacaios servis, que não se dão conta de que arriscam a vida,
por um punhado de moedas, para que seus patrões fazendeiros ganhem muito
dinheiro e desfrutem com viagens de prazer pelo mundo, porque são ricos e
especuladores que armazenam o grão para quando vale a pena vender e acumulam em
silos metálicos ou em bolsas em que será fumigado tantas vezes como seja
necessário para não perder nada da produção.
(Continua na próxima postagem)
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