quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A OBRA DE RECUPERAÇÃO DO CONTORNO DA RMR DO RECIFE DA BR-101 ESTÁ SENDO CRITICADA POR ESPECIALISTAS E PELO TCE

Deteriorado, e muito, há anos, pelo menos 20, o trecho da BR-101 no contorno urbano do Recife (PE) finalmente está em processo de recuperação. No entanto, as críticas ao trabalho vão se avolumando a cada dia. A escolha de um pavimento flexível colocado sobre as velhas placas de concreto e a ausência de um espaço reservado para futuro corredor de transporte público são as críticas mais visíveis ao projeto. Conforme renomados técnicos, como Maurício Pina e Germano Travassos, as opções dos governos federal e de Pernambuco resultarão em arrependimento futuro e não é por falta de advertências.
Agora é o Tribunal de Contas do Estado (TCE) que está alertando formalmente o governo sobre irregularidades e equívocos identificados na contratação da obra. Segundo o tribunal, não houve estudos de tráfego e a opção pelo pavimento flexível (asfalto) não teve embasamento técnico Há problema com a drenagem, grande causador de desgaste no trecho urbano da rodovia. Além disso, o TCE alerta que a manutenção das placas de concreto é mais barata que a do asfalto.
Quem viaja pela BR-101 no Estado da Paraíba nota o bom trabalho ali realizado pelo Batalhão de Engenharia do Exército. Por que não fazer o mesmo aqui? Talvez o problema esteja naquela velha história de privatizar verbas públicas. Quem sabe? Geralmente alguém quer um sobornozinho (ou vários “alguéns”). A estrada reparada com asfalto custaria R$3 milhões; em concreto R$5 milhões.
E é assim que continuamos à espera da tal tão sonhada mobilidade urbana. Ao contrário dos do Rio e São Paulo, o metrô daqui encruou, não se expande e é mal operado. Os ônibus de transporte coletivo são ruins e insuficientes. Mesmo onde criaram faixas próprias para eles, não há fiscalização pessoal nem eletrônica e carros particulares utilizam a faixa sem inibição.

É difícil para o cidadão comum saber por que nossas assim ditas autoridades competentes não se conscientizam do problema ou não lhes interessa essas consciência.

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