Como o matuto ou caipira, eu pergunto: Cuma?
Só pode ser arrumação. Falta saneamento básico na capital e em grande parte do
Estado de Pernambuco. E Compesa é a sigla da Companhia Pernambucana de
Saneamento. A água é desperdiçada jorrando em grandes áreas da tubulação. As contas
chegam ao consumidor pontualmente mesmo que ele não receba o assim dito
precioso líquido. Onde é que a revista Istoé
Dinheiro viu tanta excelência?
A notícia nos chega através de uma revista
chamada Total, que se diz “a revista
dos municípios”. Uma publicação pouco conhecida e sem grande prestígio. Enquanto
a Istoé não é mais aquela excelente revista
que Mino Carta criou muitos anos atrás. Hoje a revista dele é Carta Capital. Diz o Sr. Roberto Tavares,
presidente inamovível da companhia, que “Em 2016, enfrentamos um ano
dificílimo. Diante da seca prolongada, perdemos receita em muitos municípios
que entraram em situação de colapso e ainda tivemos que gastar mais para não
deixar a população dessas cidades sem atendimento”. Qual atendimento?
O presidente fala ainda que a população às
vezes não tem noção de para que serve uma obra determinada. Só consegue
enxergar o transtorno provocado pela obra, como quebrar o pavimento das ruas,
abrir buracos. Tai uma questão já muito antiga e sem solução até hoje neste
Estado. Há pelo menos uns 60 anos, um órgão público precisa danificar
pavimentos para um conserto. Mas, feita ou abandonada a obra, são as prefeituras
das cidades que ficam com o ônus de refazer tudo. A Compesa tem muito a ver com
essas obras não concluídas ou mesmo eventualmente terminadas.
Segundo Tavares, a Compesa criou até uma
Diretoria de Articulação e Meio Ambiente e mantém perfis oficiais em redes
sociais, como Twitter, Facebook e Instagram, para melhor atender às demandas de
seus clientes. Terá sido por isso que a Istoé
Dinheiro enxergou tanta excelência na Companhia Pernambucana de Saneamento?
Tudo é possível. “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, como diria
Fernando Pessoa.
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