terça-feira, 24 de outubro de 2017

COMPESA É APONTADA COMO A SEGUNDA MELHOR EMPRESA DO BRASIL. PODE, GENTE?

Como o matuto ou caipira, eu pergunto: Cuma? Só pode ser arrumação. Falta saneamento básico na capital e em grande parte do Estado de Pernambuco. E Compesa é a sigla da Companhia Pernambucana de Saneamento. A água é desperdiçada jorrando em grandes áreas da tubulação. As contas chegam ao consumidor pontualmente mesmo que ele não receba o assim dito precioso líquido. Onde é que a revista Istoé Dinheiro viu tanta excelência?
A notícia nos chega através de uma revista chamada Total, que se diz “a revista dos municípios”. Uma publicação pouco conhecida e sem grande prestígio. Enquanto a Istoé não é mais aquela excelente revista que Mino Carta criou muitos anos atrás. Hoje a revista dele é Carta Capital. Diz o Sr. Roberto Tavares, presidente inamovível da companhia, que “Em 2016, enfrentamos um ano dificílimo. Diante da seca prolongada, perdemos receita em muitos municípios que entraram em situação de colapso e ainda tivemos que gastar mais para não deixar a população dessas cidades sem atendimento”. Qual atendimento?
O presidente fala ainda que a população às vezes não tem noção de para que serve uma obra determinada. Só consegue enxergar o transtorno provocado pela obra, como quebrar o pavimento das ruas, abrir buracos. Tai uma questão já muito antiga e sem solução até hoje neste Estado. Há pelo menos uns 60 anos, um órgão público precisa danificar pavimentos para um conserto. Mas, feita ou abandonada a obra, são as prefeituras das cidades que ficam com o ônus de refazer tudo. A Compesa tem muito a ver com essas obras não concluídas ou mesmo eventualmente terminadas.

Segundo Tavares, a Compesa criou até uma Diretoria de Articulação e Meio Ambiente e mantém perfis oficiais em redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram, para melhor atender às demandas de seus clientes. Terá sido por isso que a Istoé Dinheiro enxergou tanta excelência na Companhia Pernambucana de Saneamento? Tudo é possível. “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, como diria Fernando Pessoa.

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