Antes de tudo, peço-lhes desculpas pelo
atraso desta postagem, obrigada a juntar-se à de sexta-feira/sábado, devido a
novo rude ataque da privataria tucana. O provedor estava mais bem comportado,
mas teve uma recaída.
Não dá para entender racionalmente o fato de
se encobrirem pinturas e enfeites de igrejas e outro monumentos antigos, no
decorrer do tempo. Só a ignorância explica. Há poucos dias, falei aqui a vocês
sobre reclamações devido a obras de restauração da catedral gótica francesa de
Notre Dame de Chartres. No caso, não se tratava de encobrir ou apagar o que
havia antes. É defensável por tratar-se de restauração mesmo do que havia antes.
Hoje escrevo sobre uma relíquia do século 18 resgatada aqui no Recife, onde
moro. Trata-se da igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares, na Rua
Nova, bairro central e Santo Antônio, construída a partir de 1723.
Escondida por três camadas de tinta, a
pintura original do forro da nave central do templo começa a ficar aparente com
suas esculturas e talhas originais. Os restauradores, trabalho coordenado pela
restauradora Pérside Omena, estão removendo a cor branca para resgatar a policromia,
com a ajuda de produtos específicos e bisturi. Além de removedores industriais.
A pintura jaspeada que aparece no forro da nave já havia sido encontrada e
recuperada na capela mor da igreja. O trabalho inclui a remoção de cupins.
Ainda bem que temos o IPHAN para zelar pelo nosso patrimônio artístico e
histórico. O trabalho, iniciado na sua fase atual em 2014, está previsto para
ser concluído em 2020 e vai custar R$8,7 milhões.
As restaurações de monumentos feitas pelo
IPHAN podem ser apreciadas em outras igrejas e prédios. Observe-se a Sé de
Olinda, descaracterizada e com ornamentos em pedra até na fachada. Hoje está
outra coisa e apreciada por milhares de turistas anualmente, além, claro, dos
nativos. Em Olinda, que nasceu praticamente ao mesmo tempo que o Recife, que
era seu porto, muitas outras igrejas estão correndo perigo de virar ruínas. Com
esse governo golpista e ilegítimo que aí está, chefiado pelo “larápio-geral da
República (não sou eu que o digo) Michel Miguel Elias (Fora)Temer Lulia, não se
pode esperar nenhuma consideração por bens históricos e culturais, se até o
povo sofre bárbara depredação nos seus direitos e bem-estar.
Diretas já! Constituinte exclusiva já!
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