quarta-feira, 28 de junho de 2017

AMÉRICA DO SUL VÍTIMA DA GUERRA FRIA. TOME-LHE GOLPE, DITADURA. DEMOCRACIA SERIA COISA DE BRANCO?

Os Estados Unidos (EUA) são um país realmente extraordinário. Quando eu era criança e adolescente, a grande influência intelectual, literária por aqui era da França. Estudava-se muito francês, tanto que, quando cheguei lá, já falava com boa perfeição o idioma. Com a derrota da França diante da Alemanha nazista, e a vitória final que foi sobretudo dos EUA e da antiga União Soviética (URSS), a influência estadunidense no Brasil cresceu muito, inclusive o idioma inglês superando a antiga influência do francês e da cultura gaulesa. Com a morte do presidente Roosevelt, logo iniciou-se a chamada Guerra Fria, não tão fria assim. Roosevelt pretendia conviver bem com a URSS, afinal responsável por empurrar os alemães de volta desde Volgogrado (então Stalingrado) até Berlim. Seu vice e sucessor, Truman, estava longe de ser o estadista no New Deal e da superação do crash da Bolsa de Nova York (1929). Ordenou o bombardeio atômico do Japão e começou a disputar espaços de influência com Moscou por todo o mundo.
Uma das grandes vítimas dessa assim dita Guerra Fria foi a América do Sul, submetida a golpes militares e ditaduras por muitos anos, sob o pretexto do “perigo comunista” (hoje substituído pelo perigo bolivariano). E haja contradição: democracia, eleições livres eles considerariam coisa de branco, anglo-saxão? O Brasil amargou 21 anos de ditadura militar (1964-1985) graças a tal política. Os EUA apoiaram golpes e ditaduras pelo mundo todo. Enquanto a URSS também tinha seus satélites, mais ou menos explícitos.
Os EUA gostaram tanto do poder mundial que lhes veio da 2º Guerra que, cinco anos depois de 1945, começaram a 3ª Guerra Mundial sem fim. A indústria bélica tinha fome de lucros...
E aí chegamos à recente visita do apalhaçado presidente Donald Trump à Arábia Saudita. Trata-se de uma das piores ditaduras do mundo, travestida de monarquia e que financia terroristas. Nada disso importa a Washington, que vendeu ainda mais armamento aos sauditas e levou-lhes irrestrito apoio.
Voltemos à tão incensada democracia estadunidense. Trump teve menos votos populares que a candidata Hillary Clinton, do Partido Democrata; no entanto ganhou as eleições devido a uma “democrática” tradição segundo a qual o partido que tem maioria em um Estado abiscoita todos os votos...

Assim é “democracia” demais, gente. E tem a grave acusação de influência russa nas eleições dos EUA, ainda não esclarecida. Mais grave é que o vice de Trump, um tal de Pence, parece ainda pior que ele.

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