sábado, 3 de junho de 2017

PAGAMOS OS PRIVILÉGIOS QUE OS PARLAMENTARES SE ATRIBUEM. BREVEMENTE, ALÉM DO AUXÍLIO PALETÓ, PODERÃO QUERER AUXÍLIO CUECA E AUXÍLIO CALCINHA. POR QUE NÃO?

Nós contribuintes pernambucanos, muito mal servidos, ainda sustentamos penduricalhos que nossos ínclitos representantes não cansam de acrescentar a seus privilégios. Agora mesmo, quando o ilegítimo governo do golpista Michel-Miguel se empenha em cortar legítimos direitos trabalhistas e previdenciários da população, que vêm desde a assim chamada Era Vargas (quando se completou a abolição da escravatura), contribuintes auxiliam na complementação da Previdência de deputados e seus funcionários de estimação, os comissionados.
A Assembleia Legislativa repassa dinheiro público para ajudar a bancar um fundo previdenciário complementar à aposentadoria de suas excelências e gente próxima. Isso vem desde 2010 e já soma R$14.499.806,72 (portal Tome Conta do Tribunal de Contas do Estado). Assim não adianta tomar conta. E não é só. A União aplica o mesmo modelo para seus servidores.
E por que as ilustres excelências não pagam INSS como nós mortais? Em países civilizados, parlamentares não usam seu mandato como emprego. E se, mesmo constrangido, o desgoverno decidisse cobrar as dívidas de centenas de empresas para com Previdência? Constrangido, sim, pois ele está a serviço da Casa-Grande. O que os herdeiros dos donatários devem à Previdência daria para cobrir qualquer déficit. Mas o que o desgoverno quer mesmo é que os ricos fiquem cada vez mais ricos e os pobres passem a ser miseráveis na forma da lei. Afinal, o golpe tem de ter um projeto, mesmo sujo e contrário ao que o eleitorado escolheu.
Outro tema que vou abordar e sobre o qual me alongarei em outra oportunidade é o da regulação da mídia. Um assunto tabu para o grande partido da burguesia, que atende pela designação da Rede Globo. Censura, berram logo os globais. Interessante que em países com democracia mais sólida, como Reino Unido e Estados Unidos, a mídia é regulada e ninguém reclama ou fala em censura. Creio que em nenhum país do mundo, mesmo os mais incultos, o mesmo grupo pode acumular tantos canais de TV, além de concessões também de rádio, fora a mídia impressa, como o Grupo Globo.

Quando eu morei na Europa, pouco após o fim da 2ª Guerra Mundial, países como a França, a Grã-Bretanha e a Itália só possuíam canais públicos de TV e rádio. E de qualidade muito boa. Havia muitas empresas públicas, acredito que por causa daquela onda de medo do comunismo e daí implantação de um Walfare State. Nos países em que estudei, a França tinha só a Radiodiffusion Télévision Française (RTF) e a Itália a Radio e Televisione Italiana (RAI). Hoje há ali outros canais, privados, mas nada com o poder de fogo, de sonegação e manipulação de informações como a Rede Globo brasileira.

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