Tem tanto espírito de porco por aí, gente, também
chamado de alminha sebosa, que solta balão sabendo que pode provocar um
incêndio, prejudicar voos, que solta pipa (ou papagaio, como se diz na Confederação
do Equador (Nordeste), mesmo sabendo que pode ferir ou mesmo matar alguém. Pura
verdade. Mas também existe, em compensação, uma boa quantidade de pessoas,
geralmente anônimas, que dedica parte de suas vidas como voluntários a ajudar,
fazer o bem ao assim dito próximo, a pessoas em situação de risco. Por exemplo,
migrantes, moradores de rua, drogados.
Li há pouco a história de um desses
abnegados, Stevam Cerqueira, que mora em Curitiba. Ele enfrenta o prefeito da
cidade, Rafael Greca, que confessou ter vomitado quando se viu compelido a
socorrer um morador de rua. Ele anunciou que vai romper o convênio com uma ONG que
ajuda pessoas pobres que chegam ao território do famoso juiz Sérgio Moro. Ali
Cerqueira encaminha essas pessoas a abrigos ou a repartições onde possam tirar
documentos ou procurar emprego.
Em escala maior, há organizações como “Médicos
sem Fronteiras”. Estes dão assistência médica em países em guerra e já viram
bombardeados hospitais pelo governo sírio ou por potências (EUA, Rússia) que se
metem por ali.
Enquanto isso há figuras estranhas, como Doria,
prefeito de São Paulo, que desmancha tudo o que seu antecessor Haddad fez pelos
drogados da Cracolândia e permite que lavadores de ruas joguem jatos de água
gelada em pessoas que dormem nas calçadas. Doria é candidato a presidente da
República para completar a obra de Michel Miguel Elias Temer Lulia. Compete com
gente do porte de Alckmin, Serra et caterva. A gente não pode deixar esse pessoal
solto.
Perdoem se insisto nos malefícios de gente
sem voto que pretende chegar ao governo mediante golpes. Sofremos 21 anos de
ditadura militar, a partir de 1964. O propósito do ditador Castelo Branco e seu
grupo, insuflado e financiado pelo governo do bondoso Tio Sam, era apenas
derrubar o presidente João Goulart, em quem burramente viam um perigoso
esquerdista. Dariam uma arrumação no que achavam que estava errado e, no ano
seguinte (1965), estavam marcadas eleições, quando muito provavelmente JK seria
novamente eleito. Mas havia os golpistas para além do golpe. Costa e Silva, por
exemplo, jogador inveterado e patrono da carreira de Paulo Maluf... Castelo não
conseguiu segurar a sanha ultragolpista, cancelou as eleições de 1965,
extinguiu os partidos. Deu no que deu.
Agora, outro golpe em benefício do impostor e
golpista Temer. Acusam-no de associação criminosa, o que fica comprovado na
famosa gravação de Joesley Batista. O cabra está desmantelando a estrutura e o
que resta do patrimônio público do país.
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