Gravatá, cidade pernambucana da Serra das
Russas, continua com seu charme e seu microclima ameno. Fazia tempo que lá não
ia, pois, com a minha idade, fico muito preso ao meu esconderijo em Aldeia. Minha
mulher Patrícia tinha um seminário lá sobre as demolidoras modificações que
Michel Miguel Elias (Fora) Temer Lulia está fazendo na velha e boa CLT, que
complementou a abolição da escravatura. Fui que nem o príncipe consorte (e que
sorte!) da Inglaterra. Teve um juiz lá que desancou a máquina de produzir
habeas-corpus indevidos do ministro do STF Gilmar Mendes. Com o Judiciário que
temos, Gilmar é o próprio Supremo.
Notei que a BR-232 está muito ruim. Duplicada
com o dinheiro da privatização da Celpe, nos tirou autonomia energética e,
mesmo sendo federal, não consta que o nosso Estado tenha recuperado a verba ali
alocada. Inicialmente pavimentada em concreto, a estrada está hoje cheia de
remendos malfeitos e que fazem os veículos trepidar demais. É uma tradição
termos estradas com pavimentação trepidante. Aliás, em matéria de estradas,
federais ou estaduais, estamos mal servidos. A BR-101, no entorno do Recife,
está virando quase um buraco só, o que põe em grave risco motoristas e cargas.
Na republiqueta de banana em que se
transformou o Brasil com o golpe de 2016, acredito que só haja dinheiro para
comprar parlamentares corruptos, aumentar-lhes os privilégios e pagar os
caprichos do desgovernante. Educação, saúde, para o quê? A plebe ignara, na
visão golpista, não merece tanto. Se esses caras continuarem aí, o nosso país
vai ficar mais ignorante e doente, se é que isso é possível.
Notei também que Gravatá está crescendo
demais, o que gera mais desmatamento e poderá prejudicar seu clima gostoso. Em
Pindorama, os centros urbanos não têm limites. Felizmente, segundo os
demógrafos, a nossa população tende a estabilizar-se a partir de 2050. Essa
estabilização já ocorre em países com maior quilometragem de civilização, como
os europeus. Alemanha, França, Portugal, Itália, por exemplo, já chegaram a
esse processo. No que a população se estabiliza, as cidades também param de
crescer demasiadamente e sobra mais espaço para preservação do verde.
Quem sabe chegaremos a esse ponto no meio do
século? Amém, aleluia para os demógrafos.
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