Os desgovernantes
golpistas deste país tropical, outrora abençoado por Deus, prosseguem na sua
sistemática demolição do nosso patrimônio público (e privado: vejam o desastre
das grandes empreiteiras), principalmente do seu patrimônio humano. Segundo
dados colhidos com base na Lei de Acesso à Informação, os bancos comerciais,
que acumulam lucros crescentes na sua agiotagem oficial, estão entre os maiores
devedores da União (R$124,4 bilhões, mesmo com a crise). Em vez de executar as
dívidas desses bancos, a quadrilha (opinião de Joesley Batista) golpista
restringe gastos públicos com saúde, educação e Previdência Social.
Como já disse aqui,
lembrando o “Samba do crioulo doido” de Stanislaw Ponte Preta, foi proclamada a
escravidão, até isso, com a poda das leis trabalhistas, que tardiamente
tentavam complementar a abolição da escravatura. O trabalhador sozinho paga o
pato pela incapacidade, cinismo, oportunismo e falta de compromisso com o povo
de um desgoverno que brotou de um golpe, dado à nova moda do bondoso Tio Sam.
Desde a primeira
denúncia do procurador geral Rodrigo Janot contra a honestidade de Michel Miguel
Elias (Fora)Temer Lulia (ele promete outras antes de deixar o cargo), os golpistas
passaram a precipitar a liquidação dos ativos públicos nacionais, como as 14
usinas de geração de energia operadas pela Eletrobras. Como no caso da “privataria
tucana” (ver livro com este título), preparemo-nos, se o golpe não foi detido
em sua sanha, serviços ainda piores e tarifas mais escorchantes.
E, enquanto clama contra
o déficit público, o desgoverno dá ainda mais vantagens ao setor privado, que
vão custar R$63 bilhões aos cofres públicos. É um programa de regularização
tributária que dá abatimento de 90% nos juros e 50% nas multas de dívidas de
empresas privadas com a União. Vantagens que se estendem a clubes de futebol,
igrejas, escolas confessionais, produtores de álcool.
Um escárnio. Como
diria Castro Alves: “Mas é infâmia demais! Da etérea plaga Levantai-vos, heróis
do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta
dos teus mares!”.
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