Antes de entrar no tema desta postagem,
registro aqui algo que nem causa mais espanto de tão corriqueiro. O Tribunal de
Justiça de Pernambuco instituiu um auxílio alimentação para seus pobres
membros. Os vencimentos deles não bastam para alimentar a família. Imagine
salário mínimo.
E agora ao tema de hoje. O Jornal do Commercio do Recife publicou, domingo passado, um bom suplemento
sobre educação, sob o título “A fórmula da mudança”. Em resumo, mostram suas
autoras (Luiza Freitas e Margarida Azevedo) que não existe nenhum país próspero
sem uma educação de qualidade para toda a população. Tratam também do dado
promissor de que, em nosso país ainda longe de um bom desempenho no setor,
grupos privados estão participando num processo que, até há bem pouco,
atribuía-se apenas ao Estado.
Bancos. indústrias, xópins passaram a prover
ensino/educação para formar seus funcionários e aperfeiçoar essa formação. Não
se trata propriamente de altruísmo, pois no capitalismo não há espaço para isso
e, sim, da convicção de que a economia de mercado exige qualificação da mão de obra
e também que haja renda para esta. Se não, cadê o consumo?
Observemos uma realidade. Uma população como
a da Região Metropolitana do Recife aceitaria o péssimo transporte público que
lhe dão, ruas esburacadas ou sem pavimentação, escolas e assistência de saúde de
baixa qualidade, sujeira nas vias públicas e outras calamidades que nos afligem
se tivesse recebido um ensino de qualidade? Basta comparar nossos rios e canais
aos canais da cidade belga de Bruges. Na Bélgica, na Europa em geral, há bom
ensino. E aqui?
Se o ensino básico for precário, ficam
eliminadas as chances de uma boa formação, de um bom emprego. O especialista
Marcos Magalhães, ouvido pelas autoras do referido suplemento, afirma que a educação
“é um desafio gigantesco. Temos 33 milhões de adolescentes e jovens entre 15 e
24 anos de idade. Dessa tropa, só 14% estão na universidade. Menos da metade
concluiu o ensino médio. Somente 8% têm um curso técnico”.
Infelizmente, nossos governantes, mais preocupados
com pura política e, muitas vezes, politicagem, não dão a devida importância ao
ensino. Professores do ensino infantil, básico e médio são mal preparados e pagos;
o salário é insuficiente até para a compra de livros, reciclagem.
Nessa mesma edição do JC (13.08.17), o presidente do Sistema Jornal do Commercio de
Comunicação (SJCC) e do Grupo JCPM, empresário João Carlos Paes Mendonça, dá
uma entrevista em que fala da importância da educação e do que vem fazendo o
seu grupo empresarial há dez anos no sentido de capacita e estimular a inserção
de jovens no mercado de trabalho em Pernambuco, Ceará, Bahia e Sergipe. Esse
trabalho foi iniciado no bairro recifense de Brasília Teimosa, onde se situa a
sede do grupo e que fica próximo ao Shopping RioMar (que integra o grupo). Mais
de 10 mil jovens já foram capacitados.
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